File 2017 reúne na capital mais de 350 obras no maior festival de arte e tecnologia da AL

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Bolhas de sabão surgindo de grandes buzinas. Um tapete de sensores que cria música com o toque. Uma nuvem brilhante que respira. Corpos que tentam se encaixar entre retângulos animados e grandes infláveis. Um vaso que só quer mostrar seu lado perfeito aos observadores. Desconhecidos que ganham um momento mágico por meio de chamadas de vídeo.

Essas e muitas outras experiências aguardam o público na 18ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), que estreou dia 18 de julho no Centro Cultural Fiesp e que vai até o dia 3 de setembro. Toda a programação é gratuita.

Em sua primeira semana, o evento recebeu 18.341 visitantes. Os trabalhos ocupam a Galeria de Arte, o Espaço de Exposições e, também, a Galeria de Arte Digital do Centro Cultural Fiesp, instalada na fachada do prédio da Fiesp. Nesta Galeria, acontece o File Led Show 2017, com obras que podem ser apreciadas das calçadas em frente ao edifício, todos os dias, entre às 20h e às 6h.

Considerado o mais importante evento de arte eletrônica da América Latina, o File traça um panorama do que vem sendo experimentado e descoberto a partir da interação e da conexão entre dois mundos distintos: a arte e a tecnologia. Sob o tema O borbulhar de universos, a exposição reúne 360 trabalhos – desde instalações interativas, jogos eletrônicos e animações, até gifs, videoartes, sonoridades eletrônicas e projeções –, produzidos por 339 artistas estrangeiros e 18 brasileiros.

Como universos borbulhando em cores, sons e texturas, as obras selecionadas pelos fundadores e curadores, Paula Perissinotto e Ricardo Barreto, convidam os visitantes a experimentar e refletir sobre novos e antigos conceitos, não apenas com os olhos, mas com todos os sentidos.

 

Serviço:

FILE São Paulo 2017

Local: vários espaços do Centro Cultural FIESP (Avenida Paulista, 1313 – em frente à estação Trianon-Masp do Metrô)

Período: 18 de julho a 3 de setembro de 2017

Programação no Espaço de Exposições: de 18 a 30 de julho

Horários: diariamente, das 10h às 20h (entrada permitida até 19h40)

Entrada grátis. Mais informações em www.centroculturalfiesp.com.br e www.file.org.br.

 

 

 

Bolhas de sabão infladas ao som de buzinas são principal atrativo

 

Logo na entrada da Galeria de Arte, o visitante se deparará com a obra Black Hole Horizont, do alemão Thom Kubli. Nesse trabalho, enormes bolhas de sabão emergem no ambiente, infladas pelo som de buzinas, e se espalham pela sala. Que tipo de relações existem entre o ar oscilante, buracos negros e bolhas de sabão? Qual é o impacto que a gravidade tem na consciência coletiva? Onde o espetáculo e a contemplação se encontram? Black Hole Horizon é uma meditação em forma de máquina espetacular, que transforma o som em objetos tridimensionais e mantém o espaço em constante transformação.

A obra vivencial Physical Mind é a tentativa do artista Teun Vonk (Holanda) de deixar os participantes e os observadores experimentarem de uma maneira diferente a relação entre o físico e o mental. Uma pessoa será convidada a se deitar entre dois objetos infláveis, sendo erguida e depois suavemente comprimida entre as curvas dos dois objetos. A obra explora a dualidade entre a sensação de estresse gerada pela instabilidade inicial em contraponto com o acolhimento provocado pelo contato com os infláveis.

Trabalhos de realidade virtual, com presença permanente e precursora no FILE, certamente terão seu espaço na mostra deste ano. Um deles, Dear Angelica, do premiado Oculus Story Studio (Estados Unidos) conduz a uma viagem mágica e onírica pelas lembranças de situações e entes queridos. Nesses cenários pintados a mão, as memórias se desenrolam em 360 graus. A história curta e imersiva é estrelada por Feena Davis e Mae Whitman.