Jovens de 17 anos são suspeitos de matar ex-assessor de Lu Alckmin

O Governador de São Paulo, assinou convênios entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e o Tribunal Regional Federal da 3° Região para disponibilização de postos de trabalho para os cumpridores de penas e prestação de serviço à comunidade. 24/08/2016 - São Paulo - Foto: Eduardo Saraiva/A2IMG
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo informou nesta segunda-feira (19) que identificou dois adolescentes de 17 anos suspeitos de matar Paulo Roberval Andrade Nucci, 48, ex-assessor da primeira-dama do Estado, Lu Alckmin, no último dia 7.
Um deles foi detido pela Polícia Militar na última sexta-feira (16), após uma denúncia anônima. O outro já estava apreendido por outros crimes.
Os militares encontraram, na casa de um dos menores, uma blusa e um capacete que teriam sido usados no dia do crime. Ele confessou a participação no roubo, segundo a secretaria da Segurança Pública, mas negou ter atirado em Nucci.
O adolescente disse ter pensado que a vítima fosse um policial e que iria reagir ao assalto. As investigações, de acordo com a pasta, apontam que Nucci não tentou reagir.
“Em momento algum ele esboçou qualquer tipo movimento de colocar a mão na perna ou qualquer coisa do tipo. Ao que tudo indica, realmente ele atirou pensando que fosse um policial”, disse o delegado Antônio José Pereira, responsável pelas investigações.
Com imagens de câmeras de segurança da região do crime, policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) identificaram o segundo suspeito e descobriram que ele já estava apreendido desde o último dia 12.
“Ele foi apreendido por outros crimes, como furtos. No dia 12 ele foi apreendido com vítimas em poder dele dentro de um veículo”, afirmou o delegado.
CRIME
Nucci foi morto no último dia 7, às 6h20, na Lapa, zona oeste de São Paulo, quando saía de viagem com a mulher, Paula Guido. O casal faria uma viagé até o Chile de moto. Eles foram abordados por dois criminosos, que exigiram a entrega da moto do casal.
Ao desembarcar, a moto caiu no chão, e os bandidos atiraram na cabeça de Nucci, que morreu no local. A mulher dele não teve ferimentos. Os criminosos fugiram do local sem levar a moto.
A moto usada no dia do crime era roubada e foi encontrada três dias após o assassinato, próximo à casa dos adolescentes, em Brasilândia, zona norte da capital paulista. O veículo foi devolvido ao proprietário, segundo a secretaria de Segurança.
Atualmente, Nucci atuava como assessor de eventos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
De acordo com a CPTM, ele havia retornado ao cargo cinco meses atrás, depois de ter trabalhado por um período como assessor no Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, presidido por Lu Alckmin, a primeira-dama do Estado.
“A vida levou hoje a pessoa mais incrível, meu irmão Roberval Andrade Nucci. Estou muito triste, mas Deus olhe por ele. Meu irmão Deus só leva os melhores”, escreveu a irmã Claudia Nucci, na rede social do irmão.
“Lamento muito, uma pessoa muito querida. Uma tragédia verdadeira”, disse Alckmin à época do crime.
Questionado em seguida se a morte do ex-assessor da primeira-dama não seria um sintoma da segurança pública do Estado de São Paulo, o tucano disse: “A polícia trabalha 24 horas, diuturnamente. [É] a polícia que mais prende. Estamos com 232 mil presos. [É a polícia] que mais reduziu [índices de] homicídios e latrocínios. A que mais reduziu. Nós temos hoje o melhor indicador do Brasil [taxa anualizada de 8,6 homicídios por 100 mil habitantes]. Agora lamentavelmente essas coisas acontecem, e a polícia trabalha e vai pegar os criminosos”.