A Justiça Eleitoral abriu ação contra o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) por recebimento de caixa 2 de R$ 2,6 milhões na campanha que o elegeu em 2012. O petista, que não é considerado réu, é acusado no processo. Haddad é considerado ‘plano B’ do PT na disputa da Presidência caso o partido não consiga registrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato.
A denúncia foi entregue ao juiz Francisco Shintate, da 1.ª Zona Eleitoral, por violação ao artigo 350 do Código Eleitoral – sanção de até cinco anos de reclusão. O juiz eleitoral marcou uma audiência com a defesa do ex-prefeito para o dia 15 de julho
A investigação começou em 2016 a partir da Operação Cifra Oculta, que mirou pagamentos da empreiteira UTC Engenharia para a candidatura de Haddad. O promotor Luiz Henrique Dal Poz imputa a Haddad falsidade ideológica, conteúdo falso, na prestação de contas de 2012. “Haddad omitiu informações, bem como inseriu dados inexatos, que não correspondem à realidade”, afirma o promotor. A Promotoria acusou outros quatro na mesma denúncia.
Por meio de nota, a assessoria do ex-prefeito disse que a denúncia apresentada pelo promotor cumpriu “as formalidades legais” e que sua defesa vai questionar a delação do empreiteiro da UTC, Ricardo Pessoa.
Foto: Ricardo Stuckert
