OCORRÊNCIA – Veículo conduzido por universitário da Uninove da Vila Prudente foi atingido por, ao menos, 16 tiros efetuados durante ação policial na madrugada desta segunda.
O universitário Julio César Alves Espinoza, 24, morreu nesta terça-feira (28) após ser baleado na cabeça e ter seu carro atingido por ao menos 16 tiros durante uma perseguição policial na madrugada desta segunda-feira (27) na Vila Independência, na zona leste de São Paulo. Ele estava internado em estado grave no Hospital Estadual da Vila Alpina. O pai do universitário, Julio Ugarte Espinoza, 63, disse à reportagem que o filho teve morte cerebral.
O pai disse ainda que os órgãos do filho serão doados. Ele ainda não sabe onde será o velório e o enterro do universitário. Spinoza cursava Tecnologia Logística na Uninove da Vila Prudente e, segundo a Polícia Civil, não tem antecedentes criminais.
À polícia, o pai disse que o jovem voltava para casa depois de trabalhar em um buffet na avenida Goiás, em São Caetano do Sul (Grande São Paulo). O pai também falou na delegacia que o jovem já tinha fugido da PM em outra ocasião para não ter o carro, utilizado por toda a família, apreendido devido a problemas de licenciamento.
Segundo a Polícia Militar, o jovem não obedeceu a ordem de parar na avenida Presidente Wilson, zona leste, por volta das 3h. Teve início uma perseguição que passou pelas avenidas Guido Aliberti e dos Estados, em São Caetano. Participaram da ação homens da PM e GCM (Guarda Civil Municipal) de São Caetano.
A perseguição terminou com o estudante baleado na cabeça e o carro atingido por ao menos 16 tiros na rua Guamiranga. Na delegacia, os policiais e guardas municipais disseram que o estudante atirou contra eles, que revidaram. Nenhum deles ficou ferido.
Os policiais entregaram um revólver calibre 38 e uma substância branca no 56º DP (Vila Alpina), onde o caso foi registrado. Eles disseram que o material foi apreendido no carro do universitário. A Polícia Civil enviou a substância para análise. A perícia ainda não tem informações sobre indícios de pólvora dentro do carro ou na mão do estudante. Por enquanto, os únicos relatos são de PMs e GCMs envolvidos na perseguição.