Julgamento final de Dilma deve durar até cinco dias, diz Renan

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RITO – A data exata para o início do julgamento ainda não está definida, mas deve ser marcada a partir de 25 de agosto; defesa tem até 27 de julho para apresentar as alegações finais

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou que a previsão da Casa é de que o julgamento final da presidente afastada, Dilma Rousseff, no seu processo de impeachment deve durar até cinco dias.

A data exata para o início do julgamento ainda não está definida, mas deve ser marcada a partir de 25 de agosto. A demora para a conclusão da votação se dá porque neste período a própria presidente deverá se defender pessoalmente, e os senadores poderão fazer perguntas a ela. A acusação e a defesa também deverão apresentar testemunhas a serem ouvidas pelo plenário.

Os senadores terão ainda um tempo para discursarem antes da votação final. Na primeira sessão do processo no Senado, quando os congressistas decidiram pelo afastamento temporário de Dilma, os discursos duraram mais de 20 horas ininterruptas.

Na última segunda, os autores da denúncia contra Dilma, Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, apresentaram as suas alegações finais em que pedem a condenação da petista pelo cometimento de crime de responsabilidade por ter responsabilidade direta sobre as chamadas pedaladas fiscais e a edição de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso.

Agora, a defesa tem até 27 de julho para também apresentar suas alegações finais. No dia 2 de agosto, o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentará o seu relatório, que será discutido e votado pela Comissão Especial do Impeachment no dia seguinte.

Se o colegiado aprovar o parecer, que deve ser pela cassação do mandato da petista, haverá uma votação intermediária no plenário do Senado em 9 de agosto. É a chamada pronúncia do réu, que é quando Dilma pode se tornar ré de fato.