Governo Temer espera ter 61 votos no julgamento decisivo para afastar Dilma

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APROVAÇÃO – Na sessão que terminou às 2h38 desta quarta (10) e durou cerca de 17 horas, o parecer a favor do afastamento definitivo de Dilma, foi aprovado no plenário por 59 votos

Encerrada a votação nesta quarta-feira (10) do parecer que pede o afastamento definitivo da presidente Dilma, a equipe do presidente interino, Michel Temer, já comentava no final da sessão esperar obter 61 votos no julgamento final do processo contra a petista no plenário do Senado.

Na sessão que terminou às 2h38 desta quarta-feira (10) e durou cerca de 17 horas, o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), a favor do afastamento definitivo de Dilma Rousseff, foi aprovado no plenário por 59 votos. A presidente petista obteve 21 apoios. Na fase final, são necessários no mínimo 54 votos para aprovar o impeachment da petista.

Em conversas ainda no plenário logo depois da votação, quando os senadores já deixavam o local, articuladores do presidente Temer comentavam esperar que mais dois senadores votem com o Palácio do Planalto na etapa derradeira, prevista para acontecer no final de agosto: o do presidente do Senado, Renan Calheiros, e o do senador Otto Alencar (PSD-BA).

O primeiro não votou nesta quarta. O segundo repetiu o voto da fase anterior e ficou ao lado da presidente Dilma. Mas o senador baiano esteve na terça-feira (9) no Palácio do Planalto, onde foi recebido em evento pelo presidente Temer, e a expectativa é que mude de posição na fase final do processo.

Em relação a Renan Calheiros, houve uma pressão do governo para que ele já votasse nesta quarta-feira com o Planalto. Mas ele preferiu, mais uma vez, não votar, alegando que havia presidido as fases do processo de impeachment da presidente Dilma até agora.

O presidente interino, Michel Temer, vai trabalhar, porém, para que o julgamento ocorra antes de 25 de agosto. Ele quer uma margem de segurança de que o processo vai se encerrar no final de agosto, permitindo que programe com segurança sua viagem para China, nos dias 4 e 5 de setembro, onde participará de reunião do G-20 (grupo das maiores economias do mundo).