DANILO LAVIERI E JOSÉ EDGAR DE MATOS
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma tradição de décadas perto do fim. Depois de 26 após a inauguração da Academia de Futebol, o Palmeiras definitivamente se separará do São Paulo, dono do CCT da Barra Funda, localizado exatamente ao lado do centro de treinamentos do clube alviverde. Uma muralha se ergue para negar qualquer tentativa de espiada do outro lado.
A reforma no espaço utilizado pelo departamento profissional do Palmeiras já era planejada antes mesmo da chegada do técnico Cuca. Mais do que qualquer melindre em relação ao rival, o muro erguido servirá para manter a boa convivência entre são-paulinos e palmeirenses.
Segundo apuração da reportagem com pessoas ligadas ao Palmeiras, a construção servirá como uma forma de precaução contra espionagem em relação aos rivais. Não de são-paulinos e de palmeirenses, mas de profissionais da própria imprensa.
Em algumas oportunidades, funcionários do Palmeiras flagraram câmeras dentro da Academia de Futebol com as lentes viradas para o CCT da Barra Funda. A ‘Muralha’ servirá para afastar qualquer possibilidade de alguém observar as atividades são-paulinas.
Atualmente, um muro de cerca de dois metros e mais árvores separam os dois centros de treinamento. A Academia de Futebol, porém, fica mais alta e, através das árvores, há espaços possíveis que permitem a visualização de um campo da casa são-paulina. Estas lacunas, a partir de agora, ficarão no passado.
Do outro lado, o campo de visão é quase nulo: quem está no São Paulo visualiza apenas o estacionamento da Academia de Futebol. Os campos estão posicionados do outro lado do terreno.
O muro dividirá de vez os dois clubes. Para alguém quiser espiar, agora precisará se reinventar. O espaço entre as tradicionais árvores, utilizado já por Luiz Felipe Scolari para enxergar o rival, ficou no passado.