
PEDIATRIA – A equipe de residentes da cirurgia pediátrica, do departamento de pediatria, também aderiu à paralisação; no total, são 119 residentes sem trabalhar na Santa Casa
Os residentes médicos do departamento de cirurgia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo estão sem trabalhar desde segunda-feira (22). Eles protestam contra o número expressivo de pacientes aguardando cirurgia que não podem ser operados, em especial os com câncer.
A medida ocorre após o hospital deixar de fazer, em julho, as chamadas cirurgias eletivas – as que não têm caráter de urgência. Cirurgias emergenciais continuam a ser feitas no pronto-socorro e na UTI (unidade de terapia intensiva) da Santa Casa.
“Vínhamos tentando resolver os problemas, mas continuam chegando pacientes para consulta e temos que fazer o encaminhamento (para cirurgia). Temos mais de 300 pacientes com câncer, parados, e não conseguimos ‘devolvê-los’ para outros hospitais”, diz Felipe Lacerda, 28, residente médico do departamento de cirurgia.
Além do departamento cirúrgico, a equipe de residentes da cirurgia pediátrica, do departamento de pediatria, também aderiu à paralisação. No total, são 119 residentes sem trabalhar. Apenas 10 dos 123 residentes do departamento cirúrgico não aderiram.
A Santa Casa passa pela maior crise de sua história. Com um dívida de R$ 868 milhões com fornecedores e credores, o hospital pleiteia um aporte financeiro de R$ 360 milhões do BNDEs e da Caixa Econômica Federal para conseguir retomar sua plena atividade.