Senador do PSD entra com mandado de segurança contra votação fatiada


MARIANA HAUBERT
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O senador José Medeiros (PSD-MT) entrou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta (2) contra o presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a Mesa Diretora da Casa. O congressista alega que a divisão feita no julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff viola a Constituição Federal e, por isso, pede a anulação da segunda votação realizada.
Nesta quarta (31), o Senado decidiu que a petista continuaria habilitada a exercer funções públicas. Na primeira votação, Dilma teve o mandato cassado.
Para Medeiros, a decisão é uma excrescência que fere o artigo 52 da Constituição. De acordo com a assessoria do senador, o mandado de segurança é uma iniciativa pessoal dele enquanto senador e não foi subscrita pelo partido, comandado por Gilberto Kassab, ex-ministro de Dilma e atual ministro de Ciência e Tecnologia do governo de Michel Temer.
Além desta ação, pelo menos outras sete foram apresentadas ao STF para pedir a anulação da segunda votação. O PSDB protocolará ainda hoje também um mandado de segurança questionando a legitimidade da votação que beneficiou Dilma. O documento será subscrito pelo PMDB, PPS e DEM.