SERVIÇO GRATUITO – O serviço de wi-fi gratuito no metrô está ativo desde 2014 em seis estações do sistema: Sé, Ana Rosa, Jabaquara, Tamanduateí, Vila Prudente e Paraíso
Alguns passam o tempo em redes sociais, outros aproveitam para fazer aula on-line da faculdade e há ainda quem utilize os únicos minutos de internet livre no dia para procurar uma vaga de emprego. São esses alguns dos motivos que levam os usuários da estação Sé das linhas 1-azul e 3-vermelha do metrô paulista a procurar algum cantinho no chão para acessar 20 minutos de internet gratuita disponibilizada na estação.
A maioria usa nos smartphones, alguns nos tablets e há ainda quem tire da mochila um notebook, como foi o caso do atendente bilíngue Renan Alberto Silva, 25 – que no começo da noite subiu correndo as escadas da plataforma ao mezanino para poder pagar um boleto no prazo.
“Estou procurando emprego”, disse o segurança Gutemberg Rocha, 52, que foi demitido quando a crise apertou. “Como não tenho internet em casa, esse é o único tempo que tenho para navegar nos sites de vaga para ver se tem alguma novidade.” O serviço de wi-fi gratuito no metrô está ativo desde 2014 em seis estações: Sé, Ana Rosa, Jabaquara, Tamanduateí, Vila Prudente e Paraíso. Os acessos podem ser feitos nos mezaninos das estações em áreas que estão identificadas com adesivos ou placas indicando o wi-fi.
O tempo permitido de conexão, de 20 minutos com intervalos de mais 15, segundo a companhia, é superior ao que é disponibilizado pelos metrôs do Rio (15 minutos, duas vezes ao dia) e Tóquio (15 minutos, cinco vezes ao dia).
O supervisor de call center Cristiano de Almeida, 40, usa o serviço de wi-fi gratuito do metrô para fugir do temido horário de pico, perto das 18h. “É muito mais saudável ficar alguns minutos aqui usando a internet do que enfrentar o empurra-empurra dos vagões”, disse Almeida.
Por estar dentro da estação, a estudante de engenharia civil Carolina Pin, 20, afirma se sentir mais segura para pegar o celular e usar o smartphone. “Se é na rua, eu fico com receio e não sei se presto atenção em quem se aproxima ou no que eu estou lendo”, disse ela, que diariamente passa duas horas na estação Sé esperando o horário de ir à faculdade.