GIBA BERGAMIM JR.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta segunda-feira (19) que seus adversários estão prometendo iniciativas que já existem na atual administração e que eles não são cobrados por isso.
“O [João] Doria prometeu universidade virtual e isso já existe em 43 CEUs (centros de educação unificada), prometeu luz de LED e já tem, prometeu ensino integral e já existe em cem EMEFs (ensino fundamental)”, disse Haddad.
Ele afirmou que cabe à imprensa perguntar aos candidatos porque eles repetem promessas que são ideias consolidadas em sua gestão. Segundo ele, esse questionamento não é feito.
Durante caminhada de campanha na região do Jaguaré (zona oeste), o prefeito afirmou também que a eleição acontece num momento de descrença com a classe política.
“O cenário político é muito degradado para todo mundo. As avaliações dos governos tucanos no Brasil também são muito ruins”, disse Haddad, ao se referir aos governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e Beto Richa (Paraná).
Na reta final da campanha, Haddad busca associar seus três principais opositores a medidas polêmicas previstas pelo presidente Michel Temer (PMDB). Ele se refere a mudanças nas leis trabalhistas, na Previdência e no possível corte de gastos sociais.
“Tem uma lei que o governo Temer está propondo que congela os gastos sociais por 20 anos. Essa lei vai comprometer todo o planejamento da cidade de São Paulo. E tem três candidatos, Marta, Doria e Russomano, que estão apoiando essa lei. A gente faz um apelo para que as pessoas tenham consciência que essa lei traz um grande prejuízo para os programas sociais, inclusive para o programa de reurbanização de favelas. Com o congelamento de gastos, nenhum prefeito vão conseguir trabalhar. Se essa lei do Temer for aprovada, não adianta prometer porque não vai ter dinheiro para cumprir a promessa”, afirmou.
Além de caminhar por uma favela na região do Jaguaré, Haddad participou de um almoço com empresários da zona oeste.