‘Nunca escrevi um rótulo na minha cabeça’, afirma Marta sobre orientação política

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GABRIELA SÁ PESSOA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em campanha na tarde desta terça (20) no Jardim da Conquista, zona leste de São Paulo, a candidata Marta Suplicy (PMDB) afirmou que nunca aderiu à esquerda ou à direita, mas a favor da classe trabalhadora.
“A esquerda está ultrapassada em muitas questões. O meu campo sempre foi o dos mais necessitados, é com ele que me identifico. O nome, cada um fala o que quer”, comentou.
Marta afirmou à Folha de S.Paulo, em entrevista publicada nesta terça, que jamais se colocou como uma liderança política de esquerda.
A respeito do pedido de ajuda que lançou a candidatos a vereador do PT, seu antigo partido, pregando o voto útil em suas bases, respondeu que “tem conversado com todas as lideranças de todos os partidos”. A informação foi antecipada pela Folha de S.Paulo.
“Tenho muito contato com as lideranças populares. Não fico perguntando a filiação de cada um”, afirmou a candidata. Questionada se não seria um contrassenso pedir apoio à esquerda na campanha, Marta afirmou que a imprensa fica “colocando nomes”.
“Nunca escrevi um rótulo na minha cabeça, o que tenho é uma história de vida e valores comprometidos. Se o nome é esquerda, o que seja, nunca defini esse nome.”
“Meu comprometimento é com o combate à desigualdade social e, na cidade de São Paulo, um olhar para os que mais precisam. Basta ter noção da cidade e não ser turista na periferia que você percebe o que é mais importante. Se isso é esquerda, ou que nome queira dar, é outro problema, não é o meu. O meu é um comprometimento com a classe trabalhadora.”

Crédito: Folha de São Paulo