Doria diz que tucanos contra sua candidatura são ‘índios e não caciques’

Único jornal diário gratuito no metrô

GIBA BERGAMIM JR.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O candidato à Prefeitura de São Paulo João Doria (PSDB) minimizou o manifesto de parte da executiva municipal de seu partido que boicotou a candidatura dele, ao deixar seus respectivos cargos na cúpula tucana como forma de protesto.
“Não são caciques. São índios. Mas a gente respeita muito os índios”, disse Doria, durante caminhada nas proximidades da avenida M’Boi Mirim, zona sul da cidade.
A dissidência de integrantes da cúpula tucana foi mostrada pela Folha de S.Paulo neste sábado (24).
De acordo com a reportagem, um terço dos integrantes da cúpula do PSDB paulistano abdicou de seus postos na executiva municipal da sigla.
Doria disse acreditar ser natural a saída de alguns integrantes da direção tucana, pois são pessoas ligadas ao grupo de Andrea Matarazzo, que foi derrotado nas prévias do partido. Após isso, Matarazzo migrou para o PSD de Gilberto Kassab e é candidato a vice de Marta Suplicy (PMDB).
“Dois ali são funcionários do Andrea Matarazzo. Naturalmente, eles têm que estar ali com o Andrea. Eles têm direito de fazer isso, mas a aglutinação ali é pequena”, afirmou o candidato.
Sobre o fato de ter sido alvo de adversários durante o debate Folha de S.Paulo, UOL e SBT, o tucano afirmou ser “o preço por estar na liderança”.
Pesquisa Datafolha desta semana revelou o crescimento de Doria, que resulta num triplo empate técnico na disputada dentro da margem de erro.
O tucano alcançou 25% das intenções de voto, enquanto o deputado federal Celso Russomano (PRB) caiu para 22% e Marta Suplicy (PMDB) oscilou negativamente para 20%.
Doria percorreu ruas da zona sul ao lado do vereador Milton Leite (DEM), que tem no bairro visitado, Piraporinha, um de seus redutos eleitorais.
O tucano comprou produtos num empório e abraçou eleitores dentro de lojas de roupas e açougues.