Alckmin rebate críticas de racha no PSDB e diz que Doria é ‘agregador’

O Governador de São Paulo, assinou convênios entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e o Tribunal Regional Federal da 3° Região para disponibilização de postos de trabalho para os cumpridores de penas e prestação de serviço à comunidade. 24/08/2016 - São Paulo - Foto: Eduardo Saraiva/A2IMG
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THAIS BILENKY
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Diante de críticas de que rachou o PSDB ao apoiar João Doria a prefeito de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin afirmou que o partido dá um “exemplo de democracia” e que o candidato é “agregador”.
Em comício com uma militância empolgada, nesta terça-feira (27), Alckmin foi recebido com gritos de “presidente” e chamado de “vitorioso” por seu vice, Márcio França, pela “intuição de ver antes o que ninguém percebe”.
Doria assumiu a liderança na disputa, segundo o Datafolha, com 30% das intenções de voto. Sua candidatura é vista como uma estratégia de Alckmin para fortalecer o seu nome na disputa presidencial de 2018.
Diversos secretários do Estado como Ricardo Salles, David Uip e Floriano Pesaro estavam presentes.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação da candidatura de Doria por abuso de poder político e acusou Alckmin de ter usado a máquina do Estado em favor do afilhado.
No entendimento da promotoria, o governador nomeou secretários estaduais em troca de apoio a Doria.
“João agregador, uniu a maior aliança para servir São Paulo”, rebateu Alckmin no evento. “Participou e venceu as prévias [do PSDB], um exemplo de democracia que o nosso partido está dando.”
Animado, Doria puxou palmas e dançou em cima de uma cadeira no palco, mas pediu à militância que não cante a vitória antes da apuração das urnas.
“Enfrentamos a dúvida, enfrentamos a discriminação, enfrentamos as mentiras, enfrentamos as inverdades. E lá atrás, seguindo a orientação do governador Geraldo Alckmin e do vice-governador Márcio França, fomos buscar voto a voto”, discursou.
Ao final de sua fala, o tucano fez um gesto a evangélicos que estavam na plateia dizendo que seu “espírito cristão, temente que sou, me ajudou muito”. Doria então ergueu uma bandeira nacional, pediu que os presentes dessem a mão e repetiu o lema “o Brasil é nosso”.
Na plateia, uma mulher comentou que Andrea Matarazzo, que deixou o partido durante as prévias com acusações contra Doria, “tinha tudo para ser seu vice”.
Mas, do lado de fora, militantes voltaram a gritar “chupa, conde”, em referência ao apelido do vereador, hoje no PSD e candidato a vice de Marta Suplicy (PMDB).