
Apesar da falta de chuvas, o sistema Cantareira aumentou o volume de seus reservatórios em 6% desde o início do período de seca, em abril. Neste ano, o mês de setembro foi o terceiro mais seco em 22 anos, de acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo (CGE). O índice pluviométrico médio da cidade de São Paulo no mês foi de 18,4 milímetros, 75% abaixo da média histórica para o mês, que é de 73,3 milímetros.
O aumento atípico ocorre sobretudo por conta de precipitações no sistema acima da média nos meses de junho e agosto. Em junho, choveu 178,9 milímetros sobre o Cantareira, mais que três vezes a média história para o mês, de 58 milímetros. Já o mês de agosto, tipicamente seco, foi o mais chuvoso desde 1995.
O aumento de 6% dos níveis de armazenamento representa um adicional de cerca de 60 milhões de litros de água no sistema. O manancial é responsável pelo abastecimento de 7,4 milhões de pessoas na Grande São Paulo. Durante 2014 e 2105, devido a seca, o Cantareira precisou utilizar seu volume morto, as reservas emergenciais de água, para continuar abastecendo as residências na cidade.
Nesta segunda-feira (3) o sistema operou com 55,9% de sua capacidade. No ano passado, na mesma data, ele operava com apenas 12,8%. Níveis abaixo de 30% são considerados críticos.