
“MALDADE” – A ex-presidente disse que o impeachment tinha dois objetivos: evitar que “a Lava Jato chegue até eles” e “aprovar a PEC da Maldade”
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse que não tem “ódio” do seu sucessor, o presidente Michel Temer (PMDB), mas o chamou de “traidor” nesta quinta-feira (13). “Eu não tive ódio de torturador, por que eu vou ter ódio de traidor nesse processo [de impeachment]?”, disse Dilma em entrevista à Rádio Guaíba, emissora da capital gaúcha, nesta tarde.
A petista fez referência ao seu passado político, quando foi presa e torturada durante o regime militar, e disse que o sentimento que a traição provoca é de “injustiça”. “Não se pode ter ódio das pessoas. O ódio faz com que você seja capturado pelo objeto que você odeia”, afirmou.
A ex-presidente disse ainda ser “vítima” do impeachment que, para ela, tinha dois objetivos: evitar que “a Lava Jato chegue até eles” e “aprovar essa PEC da Maldade”, a “reforma da Previdência” que é “ultra ultra contra os interesses dos trabalhadores”.
Temer está prestes a viajar à Índia para reunião do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Será a quarta viagem internacional do presidente desde 31 de agosto, quando assumiu o posto de forma efetiva.