Dilma diz que não sente ‘ódio’ de Temer, mas o chama de ‘traidor’

***FOTO EMBARGADA PARA O RS E SC*** PORTO ALEGRE, RS - 02.10.2016: DILMA-RS - Durante o voto da ex-presidente Dilma Rousseff em sua seção eleitoral, no Colégio Estadual Santos Dumont, na Vila Assunção, zona sul de Porto Alegre, uma confusão envolvendo jornalistas, militantes e policiais militares acabou com vidros quebrados e pessoas feridas no início da tarde deste domingo. (Foto: Bruno Alencastro/Ag.RBS/Folhapress)
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“MALDADE” – A ex-presidente disse que o impeachment tinha dois objetivos: evitar que “a Lava Jato chegue até eles” e “aprovar a PEC da Maldade”

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse que não tem “ódio” do seu sucessor, o presidente Michel Temer (PMDB), mas o chamou de “traidor” nesta quinta-feira (13). “Eu não tive ódio de torturador, por que eu vou ter ódio de traidor nesse processo [de impeachment]?”, disse Dilma em entrevista à Rádio Guaíba, emissora da capital gaúcha, nesta tarde.

A petista fez referência ao seu passado político, quando foi presa e torturada durante o regime militar, e disse que o sentimento que a traição provoca é de “injustiça”. “Não se pode ter ódio das pessoas. O ódio faz com que você seja capturado pelo objeto que você odeia”, afirmou.

A ex-presidente disse ainda ser “vítima” do impeachment que, para ela, tinha dois objetivos: evitar que “a Lava Jato chegue até eles” e “aprovar essa PEC da Maldade”, a “reforma da Previdência” que é “ultra ultra contra os interesses dos trabalhadores”.

Temer está prestes a viajar à Índia para reunião do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Será a quarta viagem internacional do presidente desde 31 de agosto, quando assumiu o posto de forma efetiva.