Pronto-socorro dispensa pacientes por ‘superlotação e poucos médicos’

O Governador de São Paulo, durante inauguração da nova ala da UTI do Hospital Mandaqui. Data: 27/11/2015. Local: São Paulo/SP Foto Ciete Silvério/A2img
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MANDAQUI – Fato foi registrado no pronto-socorro adulto do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, na zona norte da capital paulista; orientação era procurar alguma AMA

O Conjunto Hospitalar do Mandaqui (zona norte da capital) dispensou pacientes em seu pronto-socorro adulto, hoje. As portas não estavam fechadas, mas recepcionistas informavam que havia “superlotação e poucos médicos”. Por isso, “só seriam atendidos casos graves, que chegassem de ambulância”.

A orientação era procurar alguma AMA (Assistência Médica Ambulatorial), ligada à prefeitura, sob gestão Fernando Haddad (PT), e, com base na triagem deles, o paciente poderia ser reencaminhado de novo ao Mandaqui ou a outro local.

A medida, segundo funcionários, foi adotada às 7h de hoje. Eles não sabiam dizer até quando vigoraria.

Uma mulher de 32 anos, com o filho de cinco meses no colo, teve que proteger-se da chuva e pedir o serviço de um Uber para ir à AMA Ladeira Rosa, na Brasilândia, a 7 km. “Estou com muita dor na perna há duas semanas”, falou, pedindo anonimato.

O Uber também foi a alternativa para a estudante Flavia Silva, 20, que está com um inchaço na nuca e sofre com dores de cabeça, ânsia de vômito e tontura há mais de duas semanas. Foi ao Mandaqui, e foi orientada a procurar uma AMA. “Após procurarmos a diretoria do PS, enfermeiros mediram a pressão dela, mas não tinha médico para atender e dizer se era grave”, relatou a estudante Silmara Marques, 45, que acompanhava Flavia. Depois, elas foram para a AMA Wamberto Dias Costa, no Tremembé.