Entidades querem afastamento de desembargador e rever julgamento

São Paulo - A 4ª Câmara Criminal do Tribunal do Júri de São Paulo re-analisa os julgamentos do Massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos (Rovena Rosa/Agência Brasil)

CARANDIRU – No último dia 27 de setembro, Ivan Sartori inocentou 74 policiais militares de responsabilidade no caso, justificando que “não houve massacre, houve legítima defesa”

Representantes de organizações e instituições vinculadas aos direitos humanos defenderam nesta terça-feira (18) o afastamento do desembargador Ivan Sartori e anunciaram o encaminhamento de uma reclamação disciplinar contra o magistrado à presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Carmem Lúcia.

Para eles houve “abusos, falta de isonomia e imparcialidade” por parte do magistrado, que votou pela anulação do julgamento do caso conhecido como o “Massacre do Carandiru”, que envolveu a morte de 111 detentos, há 24 anos.

Na audiência ocorrida na 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo no último dia 27 de setembro, Sartori inocentou 74 policiais militares de responsabilidade no caso, justificando que “não houve massacre, houve legítima defesa”.