Escolhido para se tornar o novo secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres elogiou nesta segunda-feira (31) a legislação brasileira para acolhimento de refugiados e defendeu que o país assuma papel de diálogo para solucionar conflitos globais.
Em encontro com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, o ex-premiê português ressaltou que o país tem uma política externa independente, desvinculada de grandes blocos econômicos e militares, o que pode ajudá-lo a cumprir um papel de mediador global.
Ele observou ainda que a tradição na defesa dos direitos humanos credencia o Brasil a cumprir um papel importante em um mundo “em transição” e que “caminha para a multipolaridade”.
Guterres foi chefe do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e tem uma tradição na defesa dos direitos humanos.
O próximo secretário-geral da ONU viajou a Brasília para participar da 11ª conferência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O encontro contará com as participações dos presidente de Portugal, Angola, Cabo Verde e Timor Leste.
Em encontro também no Palácio do Planalto, Temer assinou um acordo bilateral com o presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para desenvolvimento da indústria da aviação civil.
Ele pediu ainda o apoio de Fonseca para a recondução de Antônio Augusto Cançado para a Corte Internacional de Justiça e de Gilberto Sabóia para a Comissão de Direito Internacional.
GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)