Após leilão e morte, Canindé é interditado por falta de higiene

Fotografia aérea do Estádio da Portuguesa de Desportos em São Paulo - SP
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De nada adiantou um mutirão promovido por diretoria com a ajuda de torcedores no final de semana. Depois de escapar de um leilão por conta de dívidas trabalhistas, a Portuguesa viu o Canindé ser interditado nesta segunda-feira (21) pela FPF (Federação Paulista de Futebol).

O motivo foi a não renovação do Laudo de Condições Sanitárias e de Higiene após vistoria no local. De acordo com documento assinado por Isidro Suita Martines, vice-presidente do Departamento de Infraestrutura de Estádios da FPF, o clube está proibido de realizar qualquer evento esportivo profissional no Canindé com venda de ingressos organizado pela entidade.

No final de semana, um mutirão promovido por diretoria e torcedores tentou dar jeito na situação com uma faxina nas instalações, para que o estádio fosse aprovado na inspeção de ontem. Porém, a faxina não deu conta do recado, na avaliação de Martines.

A interdição acontece poucos dias depois que o Canindé foi levado a leilão, para pagar diversas dívidas trabalhistas que arrastam-se na Justiça há anos. O lance inicial era de R$ 74 milhões, mas não houve nenhuma proposta pelo estádio. Um novo leilão, com valor inicial mais baixo, deve ser marcado. Na prática, a Lusa fica proibida de jogar no Canindé.

A má fase da Portuguesa inclui ainda a morte de um jogador da base na piscina do clube, no dia 20 de outubro. O zagueiro Lucas Santos, conhecido como Lucão, de 16 anos, foi achado boiando.