
Uma das principais reclamações de quem dirige em São Paulo são as ruas esburacadas e a má conservação do asfalto, que também afeta os ciclistas e a circulação dos ônibus. É só cair uma chuva um pouco mais forte que o buraco na via vira uma cratera.
A Prefeitura de São Paulo gasta aproximadamente R$ 500 mil por dia em obras de tapa-buracos, segundo o TCM (Tribunal de Contas do Município) divulgado nesta quarta-feira (23). Contudo, segundo o tribunal, mais de 70% dos serviços de tapa-buraco analisados foram reprovados e precisam ser refeitos.
O levantamento faz parte de uma auditoria feita pelo tribunal entre setembro de 2015 e fevereiro deste ano devido ao alto custo da operação, que resultava em vias públicas precárias após o recapeamento. Foram analisadas 30 amostras de oito subprefeituras.
Segundo o tribunal, nenhuma amostra atendeu às normas técnicas: índice de compactação estava abaixo do aceitável, qualidade da massa asfáltica inadequada ou o índice de deformação fora das especificações. A massa asfáltica é produzida pela Usina Municipal e aplicada por empresas contratadas.
Outro fato importante, segundo o tribunal, é que não há evidência da presença do engenheiro responsável durante a execução dos serviços – o que caracteriza falta grave.
Em nota, a Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras diz que a massa asfáltica é produzida “conforme as especificações técnicas exigidas e submetida, inclusive durante seu carregamento nos caminhões, a ensaios técnicos constantes para avaliação da qualidade.”
A pasta diz que os funcionários responsáveis passam por “constantes treinamentos”, mas reconhece que “problemas pontuais podem ocorrer justamente no momento da execução do serviço por parte das empresas terceirizadas.”