Polícia Federal deve atuar o contra tráfico na cracolândia de São Paulo

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A Polícia Federal deve atuar em ações contra o tráfico de drogas na cracolândia, como parte de um programa criado pela gestão João Doria (PSDB) para a região. Na tarde desta sexta-feira (20), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, se reuniu com o prefeito e o secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini. A pauta foi o programa Redenção, um pacote de medidas do tucano para a região da cracolândia.

O conjunto de ações do tucano incluirá medidas tanto do Braços Abertos, programa do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), como do Recomeço, do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Doria articulou um convênio com o Ministério da Justiça, cujos detalhes estão sendo fechados. A reportagem apurou que a PF deve ajudar nas ações de investigação e inteligência.

Uma das grandes dificuldades da administração municipal, que não tem a atribuição de investigar, é justamente em relação ao tráfico de drogas contínuo no local. Durante a gestão Fernando Haddad (PT), que implantou programa de redução de danos que dá emprego e moradia aos viciados, o prefeito fazia críticas à polícia de Alckmin. Já Doria afirma que promete fazer ações conjuntas com o governo estadual.

Na última terça-feira (17), policiais militares e usuários de drogas da região da cracolândia entraram em confronto. Várias lojas foram saqueadas na confusão. Os PMs tiveram que usar bombas de gás e balas de borracha para conter o tumulto. Policiais ficaram feridos e oito pessoas foram detidas e levadas para o 2º Distrito Policial (Bom Retiro) por furto, danos e arrombamentos de lojas.

O problema começou ainda no final da tarde, quando, segundo a polícia, dependentes atiraram pedras contra uma base da corporação, no Largo Coração de Jesus, esquina com a alameda Dino Bueno, portanto, onde fica o fluxo de usuários de crack. Eles fizeram barricada e atearam fogo em vários objetos.