PM mata publicitária com tiro na cabeça na zona leste de São Paulo

SÃO PAULO,SP,12.02.2017:MULHER-MORTA-TIRO-CABEÇA-PERSEGUIÇÃO-POLICIAL - Uma mulher foi morta com um tiro na cabeça no Viaduto Itinguçú, na Zona Leste de São Paulo (SP), na madrugada deste domingo (12). A vítima estava no banco de passageiro de um veículo com a filha. A polícia apura se um PM à paisana teria sido o autor do crime. O motorista do veículo foi perseguido pelo policial após atropelar, sem gravidade, uma pessoa que estava em um posto de gasolina da região. (Foto: Edison Temoteo/Futura Press/Folhapress)
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Um soldado da Polícia Militar de São Paulo foi preso em flagrante neste domingo (12) após matar com um tiro na cabeça a publicitária Maria Cláudia Pedace, 33 anos. O caso ocorreu após uma confusão em um posto de combustíveis na Vila Ré, zona leste da cidade. A vítima foi morta na frente do namorado e da filha, de 2 anos. Segundo a Polícia Civil, o caso ocorreu no início da madrugada de domingo.

O namorado, que dirigia o carro no qual se encontravam Maria Cláudia e a criança, passou por cima do pé de uma mulher que estava em um posto de combustível, na rua Itinguçu. De acordo com a polícia, após o acidente, essa mulher chamou os amigos, incluindo o PM de folga, que também estava no local.

Segundo testemunhas, o soldado, que não teve o nome divulgado, pediu para que o namorado de Maria Cláudia parasse o carro. O motorista não atendeu o pedido e saiu do posto. Foi então que o PM efetuou o disparo, segundo a polícia.

Após atingir a mulher na cabeça, o policial fugiu. Depois de algum tempo, apresentou-se no batalhão onde trabalha e foi preso. O PM foi levado para o presídio militar Romão Gomes, no Tremembé, na zona norte.

O PM é acusado de homicídio doloso (com intenção de matar). Segundo a Polícia Civil, ele se negou a prestar depoimento. A PM informou que o caso será investigado pela Corregedoria e que o suspeito pode ser expulso. A mulher que teve o pé atingido pelo carro sofreu ferimentos leves. Ela disse à polícia que o namorado de Maria Cláudia tentou atropelar as pessoas que estavam no posto de combustíveis, entre elas o policial.

No entanto, um motorista de Uber que passava pelo local no momento do caso relatou à polícia uma versão diferente do ocorrido. Ele afirma que o namorado de Maria Cláudia não tentou atropelar as pessoas e que apenas tentava deixar o posto com a namorada e a filha dela. O homem estaria sendo perseguido por um grupo de pessoas. O casal namorava havia poucas semanas.