Novo decreto anti-imigração de Trump não afetará iraquianos, diz agência

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O novo decreto anti-imigração do governo Donald Trump deixará os cidadãos do Iraque de fora da lista de países afetados pelo veto temporário à entrada nos Estados Unidos, disseram autoridades americanas à agência de notícias Associated Press (AP). O presidente deve lançar as novas diretrizes de imigração nos próximos dias.
Um decreto firmado pelo republicano em janeiro fechava as fronteiras dos EUA por 90 dias para cidadãos de sete países de maioria muçulmana, inclusive o Iraque, e suspendia a recepção de refugiados por 120 dias -para refugiados sírios, a suspensão ocorreria por tempo indeterminado. Após gerar caos nos aeroportos e protestos, a medida foi derrubada pela Justiça.
A exclusão do Iraque da lista de países afetados pelo veto de Trump ocorre após recomendação do Pentágono e do Departamento de Estado. O país é considerado um importante aliado no combate à organização terrorista Estado Islâmico e criticou duramente o decreto anti-imigração.
Segundo as fontes ouvidas pela AP, as novas diretrizes de imigração voltarão a suspender por 90 dias a entrada de cidadãos das outras seis nações incluídas no decreto original -Irã, Síria, Iêmen, Líbia, Somália e Sudão. A Casa Branca classifica esses países como patrocinadores do terrorismo ou locais de preocupação.
Além disso, o novo decreto não fará distinção entre refugiados sírios e os de outros países, sendo todos eles suspensos dos EUA por 120 dias. O documento também deixará de citar a possibilidade de recepção de pessoas que fogem de perseguição religiosa -críticos diziam que essa regra constituía uma discriminação por religião, favorecendo refugiados cristãos em detrimento dos muçulmanos.
O veto temporário à entrada de cidadãos de determinados países faz parte da linha dura adotada por Trump contra a imigração. Em discurso nesta terça-feira (28) no Congresso, o presidente prometeu uma reforma do sistema de imigração para que esteja “baseada no mérito”.