Doria tem 2° dia de atos de ciclistas e dedica ‘flores do mal’ a Lula e Dilma

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Após Doria hostilizar uma ciclista na tarde deste domingo (30) na avenida Paulista, ativistas tentaram novamente entregar flores ao tucano nesta segunda-feira (1°) em “homenagem aos mortos das marginais” e contra a possibilidade de remoção das ciclovias.

Dessa vez, apoiadores de Doria fizeram uma espécie de cordão e vaiaram um dos ciclistas que tentou entregar flor ao tucano. Houve um princípio de tumulto, e o homem foi retirado pela Guarda Civil Metropolitana.

“Faço aquilo que é importante ser feito. Para isso, ninguém me empareda. Não será nenhum ativista e nenhum petista que vai me colocar contra a parede. Nem com flores nem com gritos. Aquelas flores do mal que quiseram me dar ontem eu dedico a Lula e a Dilma que criaram 14 milhões de desempregados”, disse o prefeito.

Doria afirmou ainda que não tinha medo e que a bandeira do Brasil não é vermelha. “Eu não tenho medo como o Ayrton não tinha para levantar a bandeira brasileira. Essa é a bandeira do Brasil e não a vermelha do PT”.”

A manifestação de ciclistas, organizada por integrantes dos movimentos Cidade a Pé e Ciclocidade, foi sufocada por apoiadores de Doria, que estavam vestidos com camisa da seleção brasileira e impediram os ciclistas de se aproximar. Eles fizeram uma espécie de cordão em torno do tucano e gritavam o nome do prefeito cada vez que os ciclistas gritavam “nenhum quilômetro a menos”, em alusão ao projeto de substituir ciclovias por ciclorrotas da gestão.

Manifestantes pró e contra a gestão João Doria chegaram a discutir, mas o público presente impediu que a discussão evoluísse para agressão física. Um dos ciclistas chegou a ser retirado pela GCM. “Viemos aqui para relembrar as mortes nas marginais”, disse Letícia Sabino, integrante do movimento Cidade a Pé. “Hoje começamos o Maio Amarelo, um movimento de conscientização da segurança no trânsito e o prefeito escolhe homenagear uma personalidade que morreu por causa da velocidade”, disse Leticia.

 

 

Praça Ayrton Senna é inaugurada no Paraíso

 

O prefeito João Doria participou da inauguração da praça Ayrton Senna, no Paraíso, na região central da cidade, no dia em que se completa 23 anos da morte de Ayrton Senna. Pilotos, equipes e pessoas envolvidas com automobilismo usaram as redes sociais para homenagear o piloto brasileiro. No dia 1º de maio de 1994, Senna bateu na curva Tamburello, durante o GP de San Marino, e não resistiu aos ferimentos.

Vestido de camiseta verde e com um boné verde e amarelo com o autógrafo de Ayrton Senna, Doria chegou cercado pelos secretários Filipe Sabará (Assistência Social), Sérgio Avelleda (Transportes), Gilberto Natalini (Verde e Meio Ambiente), Wilson Pollara (Saúde) e Fabio Santos (Comunicação).

Muito aplaudida, a empresária Viviane Senna foi ovacionada quando relembrou a morte do automobilista. “O Ayrton representava todos os trabalhadores do Brasil que acordam cedo para trabalhar e matam mil leões por dia. Não é de graça, não é fazendo greve que se conquistam as coisas.” “Esse cara aqui é o novo Ayrton”, continuou Viviane aos gritos de “acelera, Doria” do público.

Doria entregou flores para Viviane Senna. “São flores do bem, entregues com coração e não com ódio. As flores foram feitas para demonstrar amor e não ódio”. Entre os patrocinadores da praça estão as empresas BMW e Agulhas Negras, concessionária de automóveis de luxo.