Justiça condena brasileiros acusados de terrorismo antes da Rio-2016

BRASÍLIA, DF, 21.07.2016: PRISÃO-TERRORISMO - Suspeitos de planejar ato terrorista durante os Jogos Olímpicos do Rio 2016 são escoltados e transferidos por agentes da Polícia Federal para o avião da PF no hangar da corporação em Brasília. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
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A Justiça Federal do Paraná condenou nesta quinta-feira (4) oito brasileiros réus da Operação Hashtag. Cabe recurso. A operação foi desencadeada às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e a ação da PF (Polícia Federal) ocorreu nos Estados do Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Na decisão, o juiz Marcos Josegrei da Silva entendeu que os acusados estavam planejando praticar um atentado terrorista no país. Esse foi o entendimento do MPF (Ministério Público Federal), autor da ação.

Dos oito brasileiros, a maior pena foi recebida por Leonid El Kadre de Melo, 33, condenado a 15 anos, 10 meses e 5 dias de prisão em regime fechado. Também foram condenados Alisson Luan de Oliveira, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Israel Pedra Mesquita, Hortêncio Yoshitake, Luis Gustavo de Oliveira e Fernando Pinheiro Cabral. Todos receberam penas de cinco a seis anos de prisão.

Em julho de 2016 a Polícia Federal prendeu 13 pessoas suspeitas de ligação com organizações terroristas. A Justiça aceitou denúncia contra oito delas, acusadas principalmente de promoção de organização terrorista e de associação criminosa – o primeiro crime está previsto na Lei Antiterrorismo. A denúncia da operação Hashtag foi a primeira oferecida no país com base nesta lei, promulgada em 2016.

Segundo o inquérito da Polícia Federal, os suspeitos usavam redes sociais e aplicativos de celular para fazer apologia ao Estado Islâmico e planejavam atentados no Brasil durante a Olimpíada.