Grupo faz caminhada pelo centro da capital pela legalização da maconha

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Integrantes da Marcha da Maconha fizeram uma caminhada, na tarde deste sábado (6), por vias da região central de São Paulo para pedir a legalização da maconha no país. O grupo saiu da avenida Paulista às 16h e chegou à praça da Sé às 18h40.

Durante a concentração, realizada debaixo do vão livre do Masp, ativistas dividiram espaço com moradores de rua que dormiam no local para pintar faixas com frases engajadas. Manifestantes fumavam cigarros de maconha, enquanto discursos eram proferidos no microfone. Tendas montadas vendiam apetrechos, como papéis de seda e tiaras verdes com o símbolo da planta de maconha.

A poucos metros, um grupo de cerca de 50 venezuelanos protestavam contra o governo de Nicolás Maduro. Aos gritos de “Venezuela livre”, os manifestantes pediam aos motoristas que passavam pela Paulista para buzinarem contra a ditadura no país venezuelano.

Famílias que lutam pela liberação da maconha medicinal no país lideraram a marcha. “Meu filho usa há três anos e os avanços são inúmeros”, diz o técnico em abastecimento Gabriel Castelo, 29. Seu filho, de seis anos, tem epilepsia e microcefalia. “Antes de começar a usar o canabidiol, ele não deglutia e tinha pouco equilíbrio. Fumo maconha desde a adolescência e percebia que os ataques diminuíam quando fumava perto dele.”

A modelo Isabel Costa, 22, chamou atenção ao desfilar com os seios nus cobertos por recortes da folha de maconha em cartolina. “Sou muito ansiosa e, quando fumo maconha, só penso em coisas boas, como comer e conversar.”

Um boneco com o rosto do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes circulou no meio dos manifestantes com a palavra “racista” escrita no paletó. O vereador Eduardo Suplicy (PT) compareceu ao ato.

Durante o trajeto, ocorreram intervenções artísticas, música e o tradicional “maconhaço”, organizado todos os anos. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público que participou do ato.

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