Manifestantes que ocupam desde a tarde de quarta-feira (31) a SMC (Secretaria Municipal de Cultura) começaram um ato às 14h desta quinta (1º) pedindo a saída do secretário André Sturm. Foi o quarto protesto na sede da pasta desde que ele assumiu o cargo, em janeiro.
Segundo a polícia, até 120 pessoas estiveram na frente da Galeria Olido, sede da SMC. Os manifestantes afirmam que mais de 200 pessoas participam do ato que pede a renúncia do secretário, o descongelamento de R$ 100 milhões para políticas públicas de programas de atividades fins e uma comissão da sociedade civil junto com agentes públicos que irá acompanhar e implantar o plano de municipal de cultura.
“Foi uma noite de muito diálogo. A conversa de hoje com o Milton Flavio [secretario de relações governamentais] foi para reafirmar os nossos pontos”, afirma Alessandro Azevedo, integrante da FUC (Frente Única da Cultura).
De acordo com o presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, Rudifran Pompeu, durante a gestão Haddad “apesar dos confrontos, sempre era possível conversar”. Para Pompeu, o maior problema do atual secretário, além da falta de diálogo, é a “mentira”. “Ele mente. Ele falou que teve que colocar barricada durante a ocupação, o próprio governo desmentiu isso.”
Entre as reivindicações, Helena Bastos, do grupo Música Noir, destaca as mudanças no edital de fomento à dança. Segundo ela, o maior problema foi a sua descaracterização que “antes o artista não ficava dependente da lei de incentivo, como a Rouanet, e tinha possibilidade de continuação do projeto”.