Correios começam a vender chips de celular no Rio de Janeiro

SÃO PAULO, SP, 28.03.2017: CORREIOS-SP - Fachada de agência dos correios na rua Haddock Lobo, região central de São Paulo (SP), na tarde desta terça-feira (29). (Foto: Kevin David/A7 Press/Folhapress)

A partir desta segunda (5), 116 agências dos Correios no Rio de Janeiro, começam a vender chips pré-pagos de telefonia celular. A venda está disponível apenas nas regiões do Estado que utilizam o código de discagem direta à distância DDD 21. O Correios Celular já foi implantado este ano em São Paulo e no Distrito Federal. As informações são da Agência Brasil.
A autorização para que os Correios ofereçam o serviço de telefonia móvel virtual, chamado MVNO (Mobile Virtual Network Operator, ou operadora móvel com rede virtual, em tradução livre), foi dada em maio de 2014. O edital para selecionar a operadora parceira foi lançado em janeiro do ano passado, sendo escolhida a empresa EUTV, para a infraestrutura de suporte às telecomunicações.
Segundo o presidente dos Correios, Guilherme Campos, o serviço vai renovar a empresa e colocá-la no mundo digital. “Estamos precisando de retorno neste momento de transformação. O processo levou sete anos para ser implementado e já estamos com todas as metas ultrapassadas. A previsão era vender 8 mil chips e já chegamos a 15 mil. É um processo planejado e programado para não falhar. Até o até o final do ano estará em todo o Brasil.”
Na próxima semana, o serviço será lançado em Belo Horizonte. Segundo o presidente da EUTV, Yon Moreira, o serviço tem tido um índice de reclamação muito abaixo do mercado. “A receita média por SIM Card no Brasil é R$ 15, mas cada brasileiro tem dois, então a média por pessoa é de R$ 30. O nosso dura o mês inteiro e não bloqueia a internet, WhatsApp grátis não é só para falar com a família, é para trabalhar. O celular é o escritório do profissional liberal. Do pintor, do carroceiro, do taxista. É uma questão de sobrevivência do sujeito.”
Moreira disse que o principal meio de divulgação do serviço será nas próprias agências dos Correios, por onde circulam por ano 100 milhões de pessoas, informou.
O presidente dos Correis afirmou que o projeto do Correios Celular, a princípio, não será significativo para a empresa do ponto de vista financeiro. “Contabilizar 15 mil chips a R$ 30 é quase nada para uma empresa que fatura R$ 20 bilhões. Mas é um sinalizador do que temos que fazer para nos adequar a uma nova realidade. Você está sendo inserido no mundo digital, onde os Correios estavam ficando para trás, isso dá uma rejuvenescida na máquina, dá um tom da inovação necessária para você mostrar o caminho para a empresa”, afirmou.
Segundo Campos, os dados de 2016 ainda não foram fechados, mas a empresa teve prejuízo em 2015, de R$ 2,1 bilhões. “A direção tem feito diversas ações para se recuperar. A meta para 2017 é fechar no azul.”

(FOLHAPRESS)