Doze policiais são presos por cobrar propina de bingos no estado de SP

SÃO PAULO, SP - 05.07.2017: OPERAÇÃO-JERICÓ - Viatura da corregedoria da Polícia Militar deixa a sede do Ministério Público Estadual, no centro de São Paulo (SP), na tarde desta quarta-feira(5), durante a primeira fase da Operação Jericó, deflagrada pela Secretaria em parceria com o Gaeco do Ministério Público Estadual. A operação tem como alvo uma organização que mantinha rede de casas de jogos. (Foto: Marcelo Chello/CJPress/Folhapress)
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Uma operação do Ministério Público em conjunto com as Corregedorias da PM e da Polícia Civil prenderam ontem 12 policiais na capital e em outras 11 cidades do Estado suspeitos de corrupção. Segundo a polícia, eles cobravam propina para acobertarem bingos e comércios com máquinas caça-níqueis. Outras dez pessoas também foram detidas na ação.

Dos presos, oito são PMs, um deles coronel aposentado, e quatro, policiais civis, entre eles um da Corregedoria da Polícia Civil. Os nomes deles não foram divulgados, diz a polícia, para não atrapalhar a investigação. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público, a investigação começou há um ano, após uma delação premiada de um dos investigados. A apuração também contou com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.

De acordo com a secretária, os policiais eram responsáveis por proteger os comerciantes e os donos de bingos avisando sobre operações ou investigações contra eles. O secretário da Segurança Pública, Mágino Barbosa Filho, disse que é investigado, ainda, o valor que os policiais recebiam. Porém, acredita que eram valores fixos.Dinheiro Os investigadores apreenderam 151 computadores, que poderão ajudar a mapear a movimentação financeira do bando e detectar os valores pagos aos policiais.

Além das prisões, foram cumpridos cem mandados de busca e apreensão em diversas cidades da capital, Grande São Paulo, litoral e interior. Nos locais foram apreendidos 31 celulares, 652 máquinas caça-níqueis e R$ 18.565.

Segundo o secretário, as máquinas apreendidas serão destruídas após a realização de perícia. Ele também alertou que os comerciantes que têm em seus estabelecimentos esse tipo de equipamento podem responder por associação criminosa. “Ele (comerciante) é uma ponta dessa organização, e o combate a esse tipo de infração vai se intensificar cada vez mais”, afirmou o secretário.