Vans escolares fazem carreatas pelas ruas da capital e prejudicam trânsito

SÃO PAULO,SP,11.07.2017:PROTESTO-SP - Grupos de perueiros escolares fazem uma manifestação em frente à Prefeitura, em São Paulo (SP), na tarde desta terça-feira (11). Eles afirmam que a Prefeitura de São Paulo atrasou os pagamentos de abril e maio e reclamam ainda de falta de repasses em relação a parte das crianças transportadas em março e que acabaram excluídas depois do serviço contratado pela administração municipal. (Foto: Rogerio de Santis/Futura Press/Folhapress)
Único jornal diário gratuito no metrô

Motoristas de vans escolares fizeram nesta terça-feira (11) um protesto pelas ruas de São Paulo. Eles cobraram a regularização da folha salarial, que sofreu atrasos em abril e maio. Vários grupos saíram de diversos pontos da capital por volta das 6h e se dirigiram à praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, na região central de São Paulo. No local, discursaram contra os atrasos salariais.

Os motoristas prestam serviço ao programa TEG (Transporte Escolar Gratuito), criado em 2003 pela prefeitura da capital paulista. Os profissionais são responsáveis pelos deslocamentos de 74 mil alunos da rede municipal de ensino.

O protesto desta terça (11), no entanto, não afetou nenhum estudante, porque a rede municipal está em recesso. A manifestação ocorreu desde as primeiras horas do dia e travou o trânsito na avenida das Nações Unidas (zona sul), na Radial Leste e na avenida Eusébio Matoso (zona oeste) antes de os profissionais se concentrarem na praça Charles Miller.

A secretaria de Educação da gestão Doria (PSDB) informou, por meio de nota, que precisou suspender os repasses após verificar que uma leva de crianças não inscritas no programa estavam sendo transportadas. “As secretarias de Transporte e Educação iniciaram então uma auditoria, o que atrasou o pagamento, que já foi regularizado”, esclareceu.

Segundo a pasta, o dinheiro referente ao mês de abril demorou três dias para cair na conta dos motoristas. O repasse da folha seguinte teve mais sete dias de atraso. A secretaria disse ainda que a auditoria feita no programa não terminou e que localizou, de forma preliminar, 2.000 estudantes sendo transportados sem estarem inscritos no programa. A pasta salientou ainda que nenhum dos alunos cadastrados foi retirado da iniciativa.