Hotel do Sono ensina a mudar os hábitos para dormir melhor

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Coisas que se aprendem depois de passar uma noite no Hotel do Sono, em São Paulo: quarto e banheiro com iluminação indireta de fato ajudam a ligar o botão da sonolência, não é só o chá de camomila que ajuda a dormir melhor (alface, cereja e aveia também estão na lista) e é muito, muito difícil desapegar do celular pelo menos duas horas antes de dormir, como foi recomendado.

Instalado em um casarão na Vila Mariana onde normalmente funciona o We Hostel, o Hotel do Sono é temporário e talvez se torne itinerário, dependendo de seu sucesso. Ele funciona até o dia 24 de julho e, até lá, oferece atividades gratuitas ao público: palestras com médicos do sono, tour guiado com dicas de como dormir melhor e exemplos de um bom quarto e aulas de meditação e respiração. Só é preciso agendar um horário em hoteldosono.com.br. A hospedagem, porém, não é aberta ao público.

A iniciativa é da Medley, que não revela quanto gastou no empreendimento, que incluiu uma reforma no hostel e novo mobiliário. A empresa, junto com a Sanofi, lidera o mercado de tratamentos terapêuticos para a insônia, segundo Carlos Aguiar, diretor da Medley. “Mas não estamos fazendo propaganda de remédio, não há nenhuma menção a isso no hotel. Estamos levantando a bandeira do problema e dizendo ‘você precisa cuidar do seu sono e, se não conseguir melhorá-lo mudando o comportamento, procure seu médico'”, afirma ele.

“Não dormir bem não é normal. Ter problema no sono é um problema de saúde e pode ter consequências a curto e longo prazo, mas muita gente não reconhece isso”, diz Rosa Hasan, neurologista especialista em sono e médica assistente no laboratório do sono do IPq (Instituto de Psiquiatria do HC da USP).

Segundo ela, dormir mal pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, de obesidade e de alterações cognitivas, perda de libido e piora a aparência da pele. O quadro é pior em cidades grandes. Segundo estudo publicado na revista científica “Sleep Medicine”, até 40% das pessoas que moram na cidade de São Paulo sofrem de insônia em algum grau. O transtorno é a dificuldade de manter o sono (e não só de pegar nele) e causa cansaço, irritação, dificuldade de concentração e dor de cabeça.

 

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