Após 60 anos de disputa, prefeitura e União anunciam nesta segunda-feira (7) um acordo que promete transformar parte do terreno do aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, em parque municipal.
A ideia de fazer uma área de lazer pública no local já foi pensada por ao menos outros quatro prefeitos: Celso Pitta (PP), José Serra (PSDB), Gilberto Kassab (PSD) e Fernando Haddad (PT).
Os projetos, porém, nunca saíram do papel. O principal motivo é que hoje o espaço é administrado pela Aeronáutica e pela Infraero, ambas ligadas ao Ministério da Defesa, que briga desde 1958 na Justiça com o município pela terra. Ela também já passou pelas mãos dos jesuítas, da Coroa portuguesa e do Estado de SP.
Abaixo, entenda melhor o que é o Campo de Marte, o vaivém entre poderes na área há (literalmente) séculos e qual parte deverá ser dada à gestão João Doria -que planeja em seguida desativar o aeroporto e recuperar o resto do terreno.
O Campo de Marte
Área total: 2,1 km²
54% administrada pela Aeronáutica
46% administrada pela Infraero (empresa pública)
Área que será cedida à prefeitura para abertura de um parque municipal e construção de um museu aeroespacial:
Hoje existe nesse espaço:
– Um trecho preservado de Mata Atlântica, cortado por um córrego
– Seis campos de futebol cedidos a clubes amadores
– Terreno de apoio ao sambódromo
Outros parques municipais
Novo parque foi anunciado como o terceiro maior da cidade, mas há pelo menos três com áreas maiores em São Paulo