O Tribunal de Justiça de São Paulo vai julgar nesta quinta-feira (17) o recurso da nutricionista Gabriela Guerreiro Pereira que contesta ter matado intencionalmente o administrador Vitor Gurman, então com 24 anos, na Vila Madalena (zona oeste), em julho de 2011.
A nutricionista foi acusada pelo Ministério Público de atropelar e matar o jovem, que foi atingido pelo veículo dirigido por ela na calçada. O crime de homicídio doloso será analisado na 14ª Câmara de Direito Criminal, a partir das 13h desta quinta.
Segundo a Promotoria, Gabriela Pereira dirigia uma Land Rover do namorado pelas ruas de Vila Madalena em velocidade acima da permitida – entre 62 e 92 km/h, quando a máxima não pode passar dos 30 km/h – e sob efeito de álcool.
Na época do acidente, a nutricionista negou que estivesse embriagada e disse que bebeu apenas um drinque. Um exame feito no IML (Instituto Médico Legal) constatou que ela “estava alcoolizada, mas não embriagada”. Após o crime, Gabriela chegou a ter sua carteira de habilitação suspensa, decisão que foi reformada pela própria Justiça. Na esfera cível, ela e o namorado foram condenados a pagar uma indenização que, em valores atualizados, beira os R$ 1,3 milhão.
O casal recorreu da decisão, mas o Tribunal de Justiça do Estado manteve a indenização, que não cabe mais recurso nas instâncias superiores da Justiça. Uma casa do namorado de Gabriela já foi penhorada.