CPTM, Metrô e EMTU se únem contra abuso sexual nos transportes


A união de forças entre CPTM, Metrô e EMTU resultou na criação da campanha “Juntos podemos parar o abuso sexual nos transportes”, coordenada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O lançamento aconteceu nesta terça-feira (29) na sede do TJSP, na capital paulista, e contou com a participação do governador Geraldo Alckmin.

O evento contou também com a presença do secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, e de representantes dos demais órgãos participantes. O objetivo da ação é unir instituições públicas e privadas para combater a violência sexual no transporte coletivo.

“O Tribunal de Justiça chama a atenção para uma questão extremamente relevante. Estamos nos associando à campanha para chamar a atenção de todos, trabalhar juntos para não deixar que haja impunidade. As mulheres devem ser respeitadas como mulheres e como cidadãs”, afirmou o governador Geraldo Alckmin.

“Estamos na terceira maior metrópole do mundo, com 22,5 milhões de pessoas. A questão da mobilidade é um grande desafio e o transporte coletivo, graças a Deus, cresce em termos de utilização. Quando Mário Covas assumiu o governo, a CPTM transportava 700 mil passageiros por dia. Hoje são transportados 3 milhões de passageiros. No metrô são quase 5 milhões de passageiros por dia. E a EMTU leva 2,5 milhões de passageiros/dia. Nos horários de pico temos um fluxo muito grande. O tribunal está corretíssimo, já havíamos feito campanha e agora nos associamos para juntos chamar a atenção e combater a impunidade, que acaba estimulando este tipo de comportamento”, completou Alckmin.

A campanha visa promover uma mudança cultural que estimule vítimas de abuso sexual nos transportes e/ou pessoas que presenciam algum episódio de violência a denunciarem os agressores e, consequentemente, inibir a prática desse tipo de crime. Serão afixados cartazes nos trens da CPTM e do Metrô e nos ônibus da EMTU com mensagens alusivas ao tema, além de postagens nas redes sociais das empresas. “Configura abuso qualquer ato físico, de cunho sexual, que não tem a concordância da pessoa”, explica a juíza Tatiane Moreira Lima, da Vara de Violência Doméstica e Familiar do Butantã, uma das idealizadoras da campanha.