Após morte de macacos em SP, vacina de febre amarela é indicada em bairros


Após a morte de cinco macacos, o governo de São Paulo recomendou nesta segunda-feira (23) a vacinação contra a febre amarela em três bairros da zona norte da capital: Casa Verde, Tremembé e Vila Nova Cachoeirinha.
Os três fazem divisa com o horto florestal. Segundo o secretário David Uip (Saúde), foi levada em consideração a distância que pode ser percorrida pelo mosquito transmissor, de 500 metros a partir do horto florestal.

No local, foram encontrados cinco animais mortos no último mês. Um deles teve confirmação de febre amarela. Dois estão em investigação e, no caso de três macacos, o estado do cadáver não permite uma análise do caso.

Na região, postos de saúde já enfrentam enormes filas. Segundo Uip, a prefeitura decidiu estender o horário de funcionamento das unidades. Ele afirmou que não há motivo para pânico. O Ministério da Saúde irá disponibilizar 1,5 milhão de doses extras da vacina para reforçar os estoques de São Paulo e atender emergências ou um possível aumento na procura por vacinas nas unidades de saúde.
Mulheres grávidas ou amamentando não podem tomar a vacina, segundo a Secretaria de Saúde. O medicamento também não é indicado para crianças com até 6 meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo).

Neste ano, houve 22 casos e 10 mortes por febre amarela silvestre no Estado de São Paulo. O surto que atingiu o país neste ano foi o maior com número de casos em humanos desde 1980. Entre dezembro e junho, foram confirmados 777 casos e 261 mortes por febre amarela no país.
O surto também deixou um recorde de macacos doentes e mortos. Os principais Estados atingidos foram Minas Gerais e Espírito Santo. O número de casos fez com que o governo federal anunciasse a ampliação na vacinação contra a doença.

VACINAÇÃO
– Crianças: a partir dos 9 meses (6 meses em áreas de risco)
– Adultos não vacinados: uma dose

PARA EVITAR PICADAS
– Repelente (evitar os que também têm protetor solar)
– Aplicar o protetor antes do repelente
– Não usar repelentes em crianças com menos de 2 meses
– Evitar perfume em áreas de mata
– Roupas compridas e claras (ou com permetrina)
– Mosqueteiros e telas

CONTROLE DO MOSQUITO
– Evitar água parada e tomar os mesmos cuidados da dengue, porque há risco de a doença ser contraída pelo Aedes aegypti (o que não acontece no Brasil desde 1942)