Perguntas e respostas sobre a febre amarela


– Qual é a situação atual da febre amarela na capital paulista?
Após a confirmação da morte de um macaco por febre amarela no Horto Florestal, o governo de SP fechou o local e o parque da Cantareira, também na zona norte, e recomendou a vacina para residentes de bairros próximos. Nesta terça (24), um exame preliminar indicou um macaco infectado pelo vírus no parque Anhanguera, que também foi fechado. Nesta quarta (25), mais nove áreas verdes foram fechadas como medida de prevenção.

– Há registro de pacientes em SP?
No Estado, houve neste ano 22 casos de febre amarela silvestre (transmitida em área de mata), com dez mortes. Na capital paulista, não há registro de casos humanos autóctones, mas apenas de casos importados, ou seja, de pessoas que contraíram o vírus em outros municípios ou Estados

– O vírus é transmitido por macacos?
Não. O vírus é transmitido por um tipo de mosquito presente em áreas de mata. O inseto infecta tanto humanos quanto macacos

– O Brasil tem casos de febre amarela urbana?
Não. Desde 1942, o país só tem ocorrências da variação silvestre do vírus

– Como se prevenir?
A vacinação é a principal medida de prevenção

– Quem deve se vacinar?
Na capital paulista, moradores de três bairros: Casa Verde, Cachoeirinha e Tremembé, vizinhos ao Horto. Depois, a imunização será estendida a outros bairros da zona norte. Além disso, permanece a recomendação de vacina para quem se dirige a regiões de mata dentro das áreas de risco. O mapa pode ser consultado em saude.gov.br/febreamarela

– Fui ao Horto ou à Cantareira nas últimas semanas. Devo me vacinar?
Não. A recomendação é que apenas moradores ou frequentadores dos bairros vizinhos ao Horto sejam imunizados

– Não moro nesses locais nem vou viajar a áreas de risco. Devo me imunizar?
Não, inclusive porque a vacina tem risco de efeitos adversos -embora raros, alguns deles são graves

– Onde a vacina está disponível?
Na rede pública, pode ser encontrada em unidades básicas de saúde. Na particular está disponível por cerca de R$ 250

– Quantas doses da vacina é preciso tomar?
Uma, segundo recomendação do Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial de Saúde)

– Até abril, o ministério recomendava tomar uma segunda dose dez anos após a primeira. Quem foi vacinado antes da mudança de recomendação precisa tomar a segunda dose?
Não. A vacina atual é exatamente a mesma de antes. A única mudança é que o ministério passou a aceitar o entendimento anterior da OMS de que apenas uma dose é suficiente.

– Quem não pode tomar a vacina?
Gestantes, bebês com menos de 6 meses (e mulheres que amamentam crianças até essa idade), alérgicos a ovo e pessoas imunodeprimidas em razão de doença ou tratamento. No caso de pessoas com doenças autoimunes ou mais de 60 anos, a vacinação deve ser analisada por um médico

– Tenho indicação para vacina, mas mas perdi meu cartão de vacinação e não sei se tomei a dose. O que fazer?
Procure o serviço de saúde que costuma frequentar e tente resgatar seu histórico. Caso não seja possível, a recomendação é fazer a vacinação normalmente

– O horário das unidades de saúde nas áreas de recomendação de vacina será estendido?
Segundo a prefeitura, a extensão do horário de funcionamento está em estudo e deverá acontecer “de acordo com as necessidades de cada região”, inclusive, eventualmente, com abertura de unidades aos sábados e domingos

– Após a infecção pelo vírus, em quanto tempo a doença se manifesta?
Os sintomas iniciais aparecem de três a seis dias depois

– Quais são os sintomas?
Inicialmente, febre, calafrios, dores no corpo, náuseas e vômitos. A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais, mas cerca de 15% desenvolvem sintomas mais graves, como hemorragia, que podem levar à morte.

Foto: Divulgação