O conselho municipal de preservação decidiu nesta segunda-feira (30) que o complexo do Anhembi, na zona norte de São Paulo, não deve ser tombado. Com isso, qualquer intervenção poderá ser feita no local sem consulta prévia, inclusive a demolição.
A decisão do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico) foi recebida com alívio pela gestão João Doria (PSDB), que deseja privatizar o local. Com o tombamento, as intervenções poderiam ser limitadas, gerando queda do interesse das empresas.
O Anhembi tem cerca de 400 mil m², que incluem o pavilhão de exposições, o Palácio de Convenções, a sede da SPTuris (empresa de turismo da cidade, que também será privatizada), estacionamentos e o sambódromo.
Empresas interessadas já manifestaram intenção de demolir estruturas do local.
Doria já disse esperar R$ 7 bilhões das vendas do Anhembi e de Interlagos.
O programa de privatizações é peça central da agenda de Doria, que trava disputa no PSDB com o governador Geraldo Alckmin pela escolha do candidato do partido nas eleições à Presidência.
A alienação do Anhembi foi aprovada em primeira votação pela Câmara Municipal, e a segunda votação acontecerá nas próximas semanas.
(Folhapress)
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