Aécio defende governo e pede que PSDB feche questão sobre Previdência

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Presidente licenciado do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) defendeu nesta terça-feira (28) que o partido feche questão a favor da reforma da Previdência.
“Propus que o partido volte a discutir o fechamento de questão na reforma da Previdência tanto na Câmara quanto no Senado”, disse o tucano. “Eu fiz a campanha de 2014 falando da absoluta urgência dessas reformas, acho que o PSDB deve resgatar o seu papel de líder na agenda das reformas.”
Aécio disse ter levado o assunto para a reunião da bancada tucana no Senado nesta terça. Segundo ele, a maioria dos senadores do partido se manifestou favoravelmente.
Quando um partido decide fechar questão em torno de um tema, os integrantes que não seguirem a orientação podem sofrer sanções. Em alguns casos, isso pode levar à expulsão do parlamentar.
Em reunião da executiva na semana passada, o partido anunciou apenas que faria uma defesa contundente a favor das mudanças nas regras previdenciárias. De acordo com o presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, o fechamento de questão não ocorreu porque não havia maioria da bancada para deliberar sobre o assunto.
Embora a agenda de reformas tenha sido usada como principal argumento para que o PSDB apoiasse o governo de Michel Temer, a sigla hoje está dividida sobre as mudanças na Previdência.
A ala de deputados mais jovens -mais crítica ao apoio do PSDB ao governo- tem visto com ressalvas o projeto enviado pelo Executivo ao Congresso.
Já Aécio saiu em defesa do governo do peemedebista. “Temos que reconhecer que, com todas as dificuldades, o governo do presidente Temer foi um que investiu nas reformas.” Ele disse ainda que a vitória ou derrota da reforma da Previdência “se dará por poucos votos”. “E ela não pode deixar de acontecer por causa do PSDB”, acrescentou.
O apoio integral do partido foi defendido também pelo ministro das Relações Exteriores, o tucano Aloysio Nunes. “Na minha opinião devemos sim fechar questão. É um dos temas que definem a identidade política do PSDB. Precisamos cada vez mais afirmar nossa identidade política”, declarou.
Já Goldman evitou se comprometer com o fechamento de questão. “Eu sou a favor que o PDSB tome uma posição coerente, como sempre foi, em relação a essa questão da Previdência. O fechamento de questão é uma coisa para o último momento, quando tiver um texto, nós não temos um texto ainda na mão”, declarou.
A reforma da Previdência está paralisada na Câmara desde o primeiro semestre por falta de apoio entre os deputados. Na semana passada, em nova tentativa de ver o projeto avançar, o governo encaminhou ao Congresso uma proposta mais enxuta, mas ainda assim enfrenta dificuldades na base aliada.
Por se tratar de uma emenda à Constituição, o texto precisa ter no mínimo 308 votos favoráveis em cada um dos dois turnos de votação.

(Folhapress)
Foto: Jonas Pereira /Agência Senado

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