A Sabesp, companhia paulista de saneamento vinculada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), disse por meio de nota que neste momento não há razão para preocupação sobre o atual nível do sistema Cantareira.
A companhia disse também que a realização de obras pela Grande São Paulo, à época da última seca, deixaram o sistema de tratamento e de distribuição da água dentro da cidade muito mais eficiente e seguro, afastando o risco de crise.
Desde então, por exemplo, a empresa consegue com maior facilidade mudar a represa que irá abastecer certos bairros na capital.
No caso de parte da avenida Paulista, a empresa tem hoje a possibilidade de abastecê-la com o sistema Cantareira (que fica ao norte da cidade) ou com a Guarapiranga (na zona sul), dependendo do volume de água disponível em cada um deles.
A Sabesp comemora ainda que o índice de consumo de água da população da Grande São Paulo reduziu 15% em relação ao patamar padrão pré-crise.
novas obras
A Sabesp deve ainda inaugurar até março duas grandes obras que trarão mais água para São Paulo.
A primeira delas é a exploração de um novo manancial, na forma de uma PPP (Parceria Público-Privada), o São Lourenço. A ideia é captar água da região de Juquitiba e bombeá-la por 82 km até a porção oeste da região metropolitana, atendendo cerca de 2 milhões de pessoas. O empreendimento teve investimento de R$ 2,2 bilhões.
A outra obra é a interligação entre uma represa do rio Paraíba do Sul, na região de Igaratá (interior de SP), até o sistema Cantareira. O projeto permite que qualquer uma das represas possam receber ajuda da outra em tempos de estiagem.
Com o auxílio de bombas, a água é transferida por meio de adutoras e túneis por quase 20 km. A interligação custou R$ 555 milhões.
(Folhapress)
Foto: Divulgação/SABESP