Desabrigados em desabamento Impedem a limpeza no Centro


Acampados desde o início de maio no Largo do Paissandu, no centro da capital paulista, os desabrigados com o incêndio do Edifício Wilton Paes de Almeida impediram uma ação de limpeza da praça programada hoje (20) pela prefeitura. O prédio, que desabou no dia 1º de maio matando seis pessoas, era ocupado por 279 famílias, de acordo com número da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Segundo um dos membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, os acampados não quiseram desmontar as barracas porque várias eram frágeis demais para serem refeitas e outras estão armazenando alimentos e objetos pessoais.

Em audiência de conciliação realizada pela 25ª Vara Cível Federal de São Paulo na quarta-feira (13) da semana passada, o juiz determinou prazo de 15 dias para a prefeitura de São Paulo comprovar pagamento do auxílio-moradia às 279 famílias vinculadas ao edifício que desabou.

No entanto, o representante do Conselho de Direitos Humanos diz que as condições no local são insalubres e que a prefeitura ainda não ofereceu ajuda a boa parte dos desabrigados. “A prefeitura afirma que 144 famílias estão recebendo auxílio-moradia”, afirmou Ariel. Ele lembra que, entre os acampados, existem mais de 100 crianças e adolescentes e 11 mulheres grávidas.

Foto: Rovena Rosa/ABr