Com ataques de Alckmin e Meirelles, Haddad vira alvo em seu 1º debate

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Tendo embates diretos com Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB), Fernando Haddad (PT) virou o principal alvo dos dois adversários no segundo bloco de seu primeiro debate na TV, realizado por emissoras de inspiração católica em Aparecida (SP), nesta quinta-feira, 20. A organização do debate optou por sortear quem perguntava e quem respondia, ou seja, os candidatos não escolhiam seus interlocutores nos questionamentos.

Haddad vinculou Alckmin a Temer ao criticar a reforma trabalhista e o teto de gastos. O tucano, por sua vez, se posicionou favorável às mudanças trabalhistas e disse que quem escolheu Temer como vice foi o PT. “Não precisaria de PEC do teto se não fosse o vale-tudo do PT […] “Quem escolheu o Temer foi o PT, ele era vice da Dilma. Aliás, reincidente porque escolheram o Temer duas vezes”, declarou Alckmin. O petista rebateu dizendo que o PSDB “se uniu ao Temer para trair a Dilma” “Foi o PSDB que colocou o Temer lá”.

O petista usou uma entrevista dada pelo ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati dizendo que o ex-dirigente tucano reconheceu que o partido “sabotou” o governo Dilma. Alckmin declarou que Haddad estava “desvirtuando” as declarações e que a entrevista defendia uma autocrítica do partido. O tucano ainda atacou o PT pelo fato de a legenda ter lançado sua candidatura “na porta de penitenciária”.

Perguntando a Fernando Haddad, Henrique Meirelles (MDB) citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lembrar que foi escolhido por ele para presidir o Banco Central e disse que o governo Dilma Rousseff havia feito a confiança dos brasileiros cair.

Haddad rebateu: “Talvez o senhor tenha recuperado a confiança dos banqueiros da Faria Lima. Porque do povo esse governo não recuperou a confiança.” Meirelles afirmou que o petista “não entendia” que confiança é necessária para investimentos. “Essa crise, candidato, talvez seja o caso de você se informar melhor, foi criada pelo governo Dilma.” Haddad respondeu que “ingratidão” era um dos maiores “pecados” da política, citando feitos dos governos petistas enquanto Meirelles presidiu o Banco Central.

 

Foto:NILTON FUKUDA/ESTADO CONTEUDO