Uma pergunta sobre segurança pública deu margem ao momento de maior tensão do debate da TV Globo, ocorrido na noite desta terça-feira (2), entre concorrentes ao governo de São Paulo. O atual governador, Márcio França (PSB), discutiu com o candidato João Doria (PSDB), que recomendou a ele que tomasse um calmante.
França questionou recentes declarações de Doria, que sugeriram que a polícia “tem de atirar para matar”. O tucano disse que a fala foi retirada de contexto e que se tratava de uma “situação extrema de enfrentamento”.
Na tréplica, o bate-boca teve início. O atual governador acusou Doria de agir como marqueteiro e o tucano começou a balançar a cabeça. “Eu sei quem você é. Por que você tá nervoso?”, ironizou França, ao mesmo tempo que Doria tentava interrompê-lo.
“Você não manda nas pessoas, João. Não meça as pessoas por você. Você não deixa as pessoas falarem. Você não tem direito de ofender as pessoas, a chamar os outros de gordo”, emendou o governador.
O tucano rebateu e disse que França deveria tomar maracugina. Na sequência, ele o acusou de ser ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Você é adepto da esquerda. Você defendeu o PT, foi do conselho do governo Lula. Aliás, eu queria saber que conselhos o senhor deu ao presidente Lula, que está preso em Curitiba. O seu partido lutou contra o impeachment de Dilma”, disse.
Participaram, além de Márcio França e Doria, Luiz Marinho (PT), Marcelo Candido (PDT), Paulo Skaf (MDB), Professora Lisete (PSOL) e Rodrigo Tavares (PRTB). A mediação foi do jornalista César Tralli.
Dobradinha entre Rodrigo Tavares
e candidato tucano irrita a plateia
As dobradinhas ficaram mais evidentes ao longo do quarto bloco do debate. Doria chamou pela quarta vez o candidato Rodrigo Tavares (PRTB) e a plateia reagiu mais uma vez, como no bloco anterior. “Vejo que as pessoas gostam de ouvir as suas propostas, Rodrigo”, disse o tucano.
Luiz Marinho (PT) e Marcelo Candido (PDT) fizeram uma dobradinha nas duas rodadas finais de perguntas do bloco, atacando as gestões do PSDB e as privatizações de empresas do Estado.
Foto: PAULO LOPES/FUTURA PRESS
