São Paulo tem quatro casos de feminicídio entre 6ª e domingo

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Atacadas por ex-maridos ou companheiros, ao menos quatro mulheres foram vítimas de feminicídio entre sexta-feira, 13, e domingo, 15, em São Paulo. Em três casos, o assassinato foi cometido com arma de fogo – na outra ocorrência, a vítima morreu queimada. Elas tinham entre 22 e 46 anos.

No caso mais recente, Ellen Bandeira, de 22 anos, foi morta a tiros pelo ex-namorado Richardson Jonhnison Silva, de 30, na madrugada deste domingo no bairro Bonsucesso, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O suspeito foi preso em flagrante. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, Silva teria ido até a casa da ex, atirado contra ela e depois fugido para uma igreja. Lá, foi preso pela Polícia Militar.

Baleada no tórax, Ellen chegou a ser socorrida ao Hospital Municipal Pimentas, mas não resistiu aos ferimentos. O caso é investigado pelo 4.º Distrito Policial de Guarulhos.

Na noite de sexta, por volta das 21h, o autônomo José Manoel da Silva, de 47 anos, usou um revólver calibre 38 para atirar seis vezes contra a ex-mulher Renata Solange de Souza, de 35. O crime aconteceu na rua Constantino de Oliveira Ledo, na região do Campo Limpo, zona sul de São Paulo.

No mesmo dia, Sheron Chaves Monteiro, de 34 anos, teve a morte confirmada pelo Hospital Regional do Grajaú, também na zona sul da capital, após passar cinco dias internada, vítima de queimaduras. Segundo investigações do 25.º DP (Parelheiros), o principal suspeito do ataque é o companheiro dela, Alex Alexandre Ferreira. “Foi solicitada à Justiça a prisão temporária do autor, que está foragido”, diz a SSP.

Pela manhã, Renata Basso Beisman, de 46 anos, foi morta pelo marido Evandro Humberto Rizza, de 45, que se suicidou em seguida O caso aconteceu por volta das 9h em Sumaré, no interior. Acionados para a ocorrência, PMs encontraram os dois corpos dentro de uma casa, além de um revólver calibre 38. Testemunhas disseram aos policiais que o casal estava em processo de separação e que Rizza não morava mais lá.

Em nota, a SSP afirma que “todos os crimes de violência contra à mulher são investigados” e que criou um protocolo para melhorar o acolhimento as vítimas e aprimorar a coleta de provas. “São Paulo é pioneiro no combate à violência contra a mulher, contando com 133 DDMs (Delegacia de Defesa da Mulher)”, diz a pasta.

 

Foto: Reprodução