Medalhistas querem manter tradição de conquistas da vela brasileira em Tóquio

Foto: Divulgação
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Os dois maiores medalhistas olímpicos do Brasil, os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt, com cinco medalhas cada, se reuniram nesta quarta-feira para falar sobre as expectativas para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Junto a eles, três mulheres que fizeram história na modalidade: Fernanda Oliveira, bronze em Pequim-2008, e Martine Grael e Kahena Kunze, dupla de ouro no Rio-2016.

Os cinco participaram de entrevista coletiva virtual, direto de Enoshima, no Japão, sub-sede da competição. Na mesa, 12 medalhas olímpicas e o desejo de manter a tradição de conquistas do Brasil na modalidade.

Com cinco medalhas no currículo, o atual chefe de equipe da vela, Torben Grael, destacou a força do grupo que representa o Brasil em Tóquio. “A expectativa é manter a tradição de trazer medalhas. Estamos aqui com oito equipes e todos possuem chances de chegar na regata final. Eu tenho muita confiança nessa equipe compostas por jovens e experientes. Todos atletas estão muito bem preparados”, explicou Torben Grael, em sua oitava participação olímpica: seis vezes como atleta e agora duas como treinador e chefe de equipe.

Robert Scheidt chega a Tóquio para sua sétima edição de Jogos Olímpicos. Além das cinco medalhas, o velejador alcançou o quarto lugar no Rio-2016. “Independente de quantas Olimpíadas, sempre existe um frio na barriga e eu amo competir. Não podemos prever nada, mas me sinto bem preparado. Eu não estaria aqui se não me sentisse competitivo, com chances. Então agora é executar e jogar o jogo”, destacou o dono de dois ouros, duas pratas e um bronze.

A equipe brasileira de vela é formada por 13 atletas: Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (470 feminino); Kahena Kunze e Martine Grael (49er FX feminino); Patrícia Freitas (RS:X feminino); Henrique Haddad e Bruno Benthlem (470 masculino); Gabriel Borges e Marco Grael (49er feminino); Robert Scheidt (Laser); e Jorge Zarif (Finn).

A partir desta quinta-feira, eles começam a fazer seus primeiros treinos na raia olímpica, depois de dias de ajustes nos barcos. “Foram dias intensos até aqui. Hoje (quarta) já conseguimos colocar o mastro pra cima. Pra gente, ir pra água será um alívio”, disse Martine Grael.

Mesmo ansiosos para entrar na água, os atletas não se descuidam de manter todo o protocolo de proteção estabelecido contra a covid-19. “Eu me preocupo com a covid-19 como todo mundo, mas todos estão usando máscaras e fazendo distanciamento. Então sei que vai dar tudo certo”, afirmou Kahena Kunze.

Primeira brasileira a subir no pódio olímpico na vela ao lado de Isabel Swan em Pequim-2008, Fernanda Oliveira é mais uma veterana em participações na competição e quer tirar proveito deste fator para chegar novamente à conquista de medalha, agora com Ana Barbachan. “Tenho uma vida dedicada à vela. Eu chego muito feliz para competir em Tóquio. Estou empolgada para fazer minha sexta participação em Jogos e mais uma com a Ana, parceira nas duas últimas Olimpíadas. Sigo determinada e com muita paixão e isso move o esporte”, contou.