Mulheres são as mais afetadas pela síndrome burnout

Foto: Artem Podrez/Pexels

Cansaço, desgaste físico, emocional e rotinas exaustivas, seja em casa ou no trabalho. Essa tem sido a realidade de milhares de pessoas. No entanto, estudos mostram que o estresse e o esgotamento profissional estão afetando mais mulheres que homens e, particularmente, mais as mães que trabalham fora de casa do que pais que fazem o mesmo.

“Diariamente, as mulheres são submetidas a uma pressão física e psicológica que a própria sociedade as impõe da forma mais cruel possível. Muito dessa sobrecarga vem também de uma cultura machista que ainda hoje a nossa sociedade cultiva”, explica Carine Roos, CEO e fundadora da Newa, empresa de consultoria especializada em diversidade e bem-estar emocional.

Dados recentes que olham especificamente para o chamado burnout em mulheres são preocupantes. Segundo uma pesquisa feita pela plataforma LinkedIn, com quase 5 mil americanos, 74% das mulheres disseram que estavam muito ou razoavelmente estressadas por motivos ligados ao trabalho, em comparação com apenas 61% dos empregados do sexo masculino que responderam à pesquisa.

Diante deste cenário, Carine aponta que, mais do que nunca, é preciso estar atento à saúde emocional deste público, a fim de evitar que mais mulheres sejam acometidas pela síndrome do burnout. “A economia do cuidado é essencial para a humanidade. Todos nós precisamos de cuidados para existir. Por isso, mais do que nunca faz-se necessário voltar os olhares para essas mulheres e entender de que forma podemos contribuir para que elas não cheguem ao ponto do cansaço extremo”, finaliza a CEO.