Ele deixou a TI e fatura R$ 13 mi com coxinha

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Quando o pernambucano Livio Teobaldo, de 42 anos, saiu de Recife em 2005 com destino a São Paulo para trabalhar em sua área – ciência da computação -, em busca de melhores salários, ele não imaginava que em apenas quatro anos estaria fazendo o caminho de volta. Hoje, ele tem uma rede de franquias e fatura R$ 13 milhões por ano vendendo coxinhas no Nordeste.

A reviravolta na vida de Teobaldo começou após o seu casamento. Sua esposa havia passado em um concurso público em Pernambuco, e ele decidiu acompanhá-la. O problema foi a parte financeira. As vagas em sua área pagavam menos na região Nordeste: “Perdi 50% do meu salário, mas fiz pensando na família”, explica.

Por isso, o desejo de empreender foi aumentando. Até que, em 2013, adquiriu uma unidade de franquia de sorvetes, a Mr. Mix – que se mantém em seu portfólio de negócios até hoje. O primeiro negócio acabou pavimentando o caminho seguinte: abrir uma loja própria, sem ser franqueada.

Teobaldo se interessou pelo setor de salgados. Pensou em comprar uma franquia da área, mas acabou desistindo. A ideia, no entanto, ficou na sua cabeça. “Iniciei a pesquisa de mercado. Fui ver as máquinas que fazem coxinha e decidi investir. Montamos a primeira loja, que, na época, tinha um mezanino, com máquina de modelar. Uma estrutura mínima para a gente produzir. Assim surgiu a Coxinha no Pote”, conta.

A primeira unidade foi aberta em 2014. “Nosso valor mínimo do produto era R$ 2, o dobro do mercado concorrente (da época). A nossa loja era bem organizada, com uma coxinha com mais recheio e bem sequinha. No primeiro dia, a gente fechou antes das 16h – tudo o que a gente tinha produzido para o dia havia esgotado”.

Em 2018, o empresário já tinha cinco lojas e uma indústria, para centralizar a produção. A partir da sexta unidade, em 2019, veio o modelo de franquia. Atualmente, a marca possui 39 unidades, sendo 21 em funcionamento, 12 em implementação e 6 com contrato fechado, mas em busca de local para abertura.

São Paulo, de novo

Hoje, além de Pernambuco, há lojas em Alagoas, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Para este ano, há planos de expandir para São Paulo e Minas Gerais. Bahia e Maranhão também estão no radar O faturamento em 12 meses, até maio, ficou em cerca de R$ 13 milhões, de acordo com Teobaldo. Boa parte das vendas é concentrada em minicoxinhas, mas também há minichurros.

A franquia tem valor inicial entre R$ 65 mil e R$ 75 mil para lojas de rua, e a partir de R$ 170 mil em quiosque em shopping. Isso porque a fritadeira para esse modelo é bem mais cara. Uma fritadeira para loja na rua custa R$ 4 mil. A de shopping sai entre R$ 40 mil e R$ 50 mil, porque não gera fumaça e reduz o cheiro. A franquia de contêiner, que também usa a fritadeira mais em conta, custa a partir de R$ 95 mil.