Nutrição e atividade física são pilares para a qualidade de vida na terceira idade

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Envelhecer é um processo natural caracterizado por alterações biológicas e psicológicas do ser humano. Essa experiência é vivenciada, dia após dia, de maneira particular para cada indivíduo, dependendo de questões como genética, classe social e costumes adotados ao longo da vida.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a parcela de idosos com 65 anos ou mais, no Brasil, saltou de 7,7% em 2012 para 10,2% em 2021, chegando a 21,6 milhões de pessoas. Além disso, a expectativa de vida do brasileiro também cresceu, passando de 76,8 anos em 2020 para 77 anos em 2021. As informações são do estudo Tábulas de Mortalidade, publicado pelo IBGE.

Nesse sentido, cuidar da população idosa e estimular a prevenção e a adoção de hábitos saudáveis na terceira idade é essencial para a construção de uma sociedade com mais qualidade de vida.

Segundo Andressa Franco, educadora física da UNICA Fisioterapia e Reabilitação “Dr. Aristides Cunha Filho”, gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de Mogi das Cruzes, a prática de atividades físicas como dança, hidroginástica e caminhada proporciona diversos ganhos para a saúde física e mental desse público.

Entre os benefícios destacados estão: aumento do fluxo sanguíneo, melhorando o sistema cardiovascular; condicionamento físico; fortalecimento muscular e ósseo; desenvolvimento do equilíbrio corporal e da flexibilidade; e socialização. “Essas atividades também podem influenciar positivamente o estado mental do idoso, contribuindo para evitar  problemas como depressão e solidão.”

Para aqueles que ainda não realizam atividade física em sua rotina, o indicado é fazer exames para verificar as possibilidades e restrições e sempre buscar orientações de um profissional.

Outra aliada fundamental para o bem-estar nessa fase é a alimentação, conforme destaca Victor Korin, nutricionista que atua na UNICA.

“Na terceira idade em específico, os idosos adquirem uma condição chamada de sarcopenia, que é uma perda gradual de massa muscular, força e funcionalidade, impactando diretamente em suas atividades de vida diária. Além desta questão, muitos idosos possuem doenças crônicas não transmissíveis. Portanto, a alimentação realiza um papel importante no controle desses problemas, trazendo qualidade de vida e longevidade a essa população.”

Victor pontua que as escolhas devem ser equilibradas e diversificadas, priorizando o consumo de proteínas (carnes, frango, peixes, ovos e derivados do leite ) e de fibras ( grãos, aveia, linhaça, chia e verduras folhosas) nas refeições.