Secretaria da Saúde de SP registra alta no número de doadores de órgãos em 2023

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) registrou, por meio da sua Central de Transplantes, um aumento de mais de 10% no número de doadores de órgãos no estado de São Paulo no período de janeiro a 30 de agosto em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 696 doadores em comparação com 631 em 2022. Com a constante campanha da área, para estimular doações, impulsionada por atenção dada a casos de grande repercussão na mídia, houve 28 novos doadores na semana entre 20 e 26 de agosto, um aumento de 86% em relação aos 15 doadores registrados na mesma semana de 2022.

Estes resultados positivos seguem na mesma tendência de outros do setor. O número de transplantes de coração registrado até julho deste ano, por exemplo, foi maior do que os números no mesmo período dos cinco anos anteriores. Em 2018 foram realizados 64 procedimentos, seguidos por 74 em 2019, 67 em 2020 e 73 em 2021 e 2022. Em 2023, foram 75 nos sete primeiros meses do ano.

No todo, foram realizados 5.077 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rins e córneas no estado de São Paulo, o que representa um aumento de 10,5% em relação a 2022, quando foram feitos 4.592 procedimentos. É praticamente a mesma proporção de crescimento observada no número de doadores.

A doação de órgãos deve ser consentida e quem quiser ser doador não precisa mais incluir a informação no RG ou na CNH – basta comunicar a família sobre esse desejo. No caso dos falecidos, a autorização para doação deve ser dada por familiares com até o 2º grau de parentesco. A conscientização das pessoas também cresceu no último ano, pois as recusas de autorização da doação por parte das famílias caíram de 41% para 38,6%.

A doação entre vivos só ocorre se não houver nenhum problema de saúde para a pessoa que está doando. Conforme diretrizes do SUS, pessoas com diagnóstico de Covid-19 com menos de 28 dias da regressão completa dos sintomas não podem ser doadores. A Central de Transplantes do Estado de São Paulo destaca que doar órgãos e tecidos é fundamental para ajudar a salvar vidas. Além disso, reforça a orientação de que haja diálogo entre as famílias sobre o desejo de ser ou não doador de órgãos, pois isso facilita a tomada de decisão.