Prefeitura reforça ações de prevenção em áreas de risco e realiza em Ermelino Matarazzo simulado de resposta a enchentes

Sergio Barzaghi/Secom

A Prefeitura realizou nesta terça-feira (24) um Exercício Simulado de Resposta em área de risco Hidrológico no Jardim Verônia II – Parque Boturussu em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste da capital. A atividade visa capacitar agentes municipais e estaduais, além de membros da comunidade, para agirem de maneira rápida e eficiente diante de alagamentos e enchentes. A ação faz parte de uma série de investimentos e programas de prevenção de riscos que a atual administração realiza em toda a cidade.

A região escolhida para o exercício faz parte do bloco prioritário do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) e conta com projeto de canalização do córrego, com a obra prevista para ser licitada em breve. A gestão também está elaborando o caderno de drenagem da bacia do córrego Mongaguá, que é afluente do Buturussu, previsto para ser concluído no final deste ano.

A simulação, coordenada pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana, por meio da Coordenação Municipal de Defesa Civil, tem como objetivo capacitar agentes municipais, estaduais e instituições parceiras para atuarem de forma rápida e eficiente em situações de alagamentos e enchentes. O treinamento incluiu a execução de planos de evacuação, resgate e comunicação de emergência, visando otimizar as ações de prevenção e promover uma resposta rápida frente aos desastres hidrológicos. A atividade permite testar mecanismos de coordenação interinstitucional, avaliar a capacidade de tomada de decisão durante desastres e validar o Plano de Contingência específico da área de Risco Hidrológico. 

O prefeito em exercício, Coronel Melo Araújo, ressalta que esse tipo de treinamento faz toda a diferença para garantir agilidade no socorro e também chama a atenção para a importância da colaboração da população. “Falamos um pouquinho também de limpeza, importante as pessoas terem consciência de não sujar as ruas, o rio, porque isso aí vai trazer consequência para todo mundo. A atividade de hoje envolveu órgãos da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil do Município, Estado e a comunidade local”, explicou. 

Antes de iniciar o exercício, o diretor de Defesa Civil do município, Sérgio Ramos, explicou que o simulado é importante para os envolvidos saberem exatamente qual é o papel de cada um no caso de enchente. “É um trabalho realizado pela Defesa Civil, juntamente com a comunidade, o Núcleo de Defesa Civil e o programa POT, que vai assessorar nesse primeiro momento”, disse.

De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Joel Malta, São Paulo tem 1.358 pessoas que trabalham nos Núcleos de Proteção da Defesa Civil, sendo 456 colaboradoras atuando no Programa Operação Trabalho (POT) Defesa Civil, que recebem uma bolsa mensal. “A gente fala que é um trabalho inédito, porque normalmente, pelo Brasil, as prefeituras contratam institutos para poder mapear suas áreas de risco tecnicamente. Aqui na cidade de São Paulo, a Defesa Civil tem o seu corpo técnico e esse trabalho começa com a identificação da área de risco, o mapeamento, a classificação do risco desde o R1 até o R4. E depois é feito um relatório circunstanciado para cada subprefeito, dizendo ali das obras tanto estruturais quanto não estruturais para que a Prefeitura tome as providências necessárias para ou eliminar ou mitigar os riscos”. Malta frisou que na capital cada área de risco mapeada tem um plano de contingência.

Para o secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, é muito importante a integração. “Temos a comunidade, a Defesa Civil, os programas sociais e, acima de tudo, a resposta rápida. Tenho certeza de que, com esses exercícios, essas ações preventivas, estaremos ainda mais preparados para atendermos nossa população”.

O local foi escolhido por apresentar histórico de ocorrências em períodos de fortes chuvas, o que torna o exercício ainda mais relevante. A ação envolveu evacuação da população por rotas de fuga, procedimentos de resgate e comunicação de emergência, com foco na efetividade do atendimento de resposta e na segurança dos moradores. 

A operação foi coordenada pela Defesa Civil Municipal e contou com o apoio de diversos órgãos internos e externos, entre eles: Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual, SAMU, Subprefeitura de Ermelino Matarazzo, Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB), Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Sabesp, Comgás, Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA), Guarda Civil Metropolitana, Grupo de Resposta a Animais em Desastre (GRAD), Polícia Militar entre outros. 

Preservar vidas
Simulados como este têm caráter prático e visam avaliar, em tempo real, a mobilização e evacuação das pessoas em caso de desastre, promovendo não apenas a capacitação técnica das equipes de resposta, mas também a conscientização e preparo da comunidade. Com isso, busca-se minimizar riscos, reduzir perdas e preservar vidas. 

“A ação em Ermelino Matarazzo hoje foi de extrema importância, porque agora a comunidade tem conhecimento e saberá como agir em caso de enchente. Acredito que é uma atividade que pode ser feita em todos os bairros da cidade”, disse Maria Cleonice da Silva, líder comunitária, autônoma e integrante do Conselho Participativo Municipal.

A moradora Marina Conceição, 70 anos, elogiou a realização do exercício. “Essa ação é muito importante para as pessoas que moram aqui”.

No cenário de Risco Hidrológico escolhido, os elementos são previamente estudados por meio da elaboração do Plano de Contingência, que contém: 

1. Rota de Fuga: É o caminho a ser percorrido pela população para saída rápida e segura do local de risco, visando o deslocamento para o ponto de encontro mais próximo.

 2. Ponto de Encontro: É um local seguro onde a população atingida pelo incidente se reúne a partir das rotas de fuga, permitindo a contagem e identificação de possíveis desaparecidos e da assistência necessária.

 3. Posto de Comando (PC): é o local a partir de onde as funções de comando são exercidas. 

4. Área de Espera: É o local para onde os recursos operacionais são dirigidos, registrados e cadastrados.